Novela Barradão: Decisão deve sair hoje

O ofício comunicando à CBF a mudança de estádio já está pronto; o seguro de responsabilidade civil para reparar possíveis danos no estádio, também. Falta só o Bahia assinar o contrato de locação e fazer três jogos das Serie B no Barradão, a partir da partida contra o Ceará.

Mediador da querela, o presidente Ednaldo Rodrigues, da Federação Baiana de Futebol (FBF), recebeu nesta segunda-feira, 8, pela Internet a minuta do contrato para levar até Petrônio.

Aprovado o documento, Ednaldo convida o presidente do Esporte Clube Vitória, Alexi Portela Júnior, e sela a paz entre rivais. O acordo então permite que a Petrobras assine com o Leão um contrato publicitário de R$ 4,8 milhões.

A espera pelo documento foi longa. Tão extenuante que Ednaldo chegou a prometer para si mesmo que se a novela não acabar nesta terça-feira, 9, desiste. Terça é o prazo para informar à CBF a mudança do mando de campo para a partida contra o Ceará.

O processo está sendo complicado. A rivalidade atrapalha. A troca de insultos foi rica até o final de semana. A estatal já dá sinais de cansaço, admitiu nesta segunda-feira o governador Jaques Wagner, que aproximou a empresa do futebol local.

O diretor de Comunicação Institucional da Petrobras para o Nordeste, Darcles Andrade, disse que não fala mais sobre o assunto antes do acordo entre os clubes.

NEGOCIADOR – É segunda vez que o dirigente da FBF tenta uma aproximação entre os clubes, objetivando o Bahia ter o Barradão como mando de campo provisório na Série B. A tentativa anterior foi iniciava dele próprio. O Vitória recusou, alegando atender decisão de seus torcedores.

O governo estadual facilitou a aproximação do Vitória e Petrobras. A cessão do estádio rubro-negro seria uma contra-partida ao contrato de publicidade. Como se sabe, a Fonte Nova está interditada e as obra de Pituaçu só deve ser concluída para o jogo contra o Corinthians.

A campanha publicitária da Petrobras envolve a compra de ingressos de jogos para distribuir com clientes dos postos de combustíveis da empresa e reserva de espaço no estádio para eles.

GUERRA – O contrato, que seria feito também para o estádio de Pituaçu, emperrou por conta da eterna rivalidade. Tão açodada entre torcedores quanto entre dirigentes. Jorginho Sampaio, presidente do Vitória S/A, e Petrônio foram protagonistas junto com torcidas organizadas, comunidades na Internet.

Torcedores dos dois lados até ameaçaram evitar abastecer nos portos da Petrobras caso se sintam prejudicados pelo desfecho das negociações.

Na semana passada, o Conselho Deliberativo do Vitória autorizou a diretoria do clube a negociar a cessão do estádio, mas o Bahia passou a adotar postura reticente, alegando desprezo e até humilhação do adversário.

Segundo Petrônio, o Bahia poderia sofrer mais um pouco esperar pela liberação de Pituaçu para voltar a jogar em Salvador. Mas no final de semana o dirigente está mais bem humorado. Informações do A Tarde

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