Conforme a TRIBUNA DA BAHIA antecipou com exclusividade na edição de ontem, o estádio Manoel Barradas, de propriedade do Vitória, na Toca do Leão, poderá ser o novo mando de campo do Bahia para os oito jogos restantes “em casa” na Série B do Campeonato Brasileiro. O Conselho Deliberativo do Vitória disse sim na reunião extraordinária realizada à noite de “portas fechadas”. Resta agora saber se o Bahia aceitará a proposta e mandará seus jogos no estádio.
Com a participação de 120 de um total de 300 conselheiros, a reunião deu livre arbítrio para a diretoria finalizar as negociações com a estatal Petrobras, o Governo do Estado e o Esporte Clube Bahia. Foram 115 votos a favor e apenas cinco contrários à liberação do Barradão para o rival.
Com a decisão, ainda esta semana o Vitória e o Bahia devem comunicar à Federação Bahiana de Futebol (FBF) sobre o novo mando de campo do tricolor. Para que a liberação seja oficializada, resta à diretoria do Vitória se reunir com a estatal e “amarrar” os últimos detalhes da proposta, onde serão realizadas melhorias no estádio e em seu entorno. O contrato já está praticamente elaborado, faltando apenas uma decisão da diretoria do Vitória para que seja confirmado.
Como o Bahia só volta a jogar “em casa” no dia 13, próximo sábado, existe tempo suficiente para que esta partida seja realizada no Barradão. De acordo com o Estatuto do Torcedor, a mudança do estádio, desde que no mesmo Estado, tem de ser comunicada com dez dias de antecedência. Com isso, a estréia do Bahia no Barradão será contra o Criciúma, na próxima semana.
Especula-se que a parceria com a Petrobras irá render um total de R$ 4 milhões em obras para o Vitória. Isso para que o Bahia realize quantos jogos forem necessários, independente da conclusão das obras de ampliação e reforma do estádio de Pituaçu, com conclusão prometida para 18 de outubro. Informações da Tribuna da BahiaVitória renegociou dívida com ex-parceiro.
O presidente do Esporte Clube Vitória, Alexi Portela Júnior e o advogado do clube, Antônio Carlos Menezes Rodrigues, acertou com o Exxel Group, ex-parceiro argentino, a renegociação da dívida referente à recompra das ações do Vitória S/A pelo Esporte Clube Vitória.
Em negociação anterior, o Vitória havia conseguido a suspensão dos pagamentos até que o clube deixasse as divisões inferiores do futebol nacional. Com o retorno do Leão à elite do Brasileirão, o Exxel Group exigiu que o pagamento voltasse a ser efetuado.
O novo acordo obriga o Vitória a pagar a quantia de U$300mil (trezentos mil dólares) ainda e 2008 e mais R$1milhão (um milhão de reais) a cada ano subsequente até quitar toda a dívida.
As ações do Vitória S/A em poder do Exxel Group só serão repassadas ao Vitória após a quitação da dívida pelo Esporte Clube Vitória. Informações de Michel Silva do site Canal Vitória
Qual o valor de uma paixão?
Por 116 votos a 5, o Conselho Deliberativo do EC Vitória aceitou a proposta da Petrobrás de R$4,6 milhões –35% no ato de assinatura do contrato – para ter direito a explorar mil ingressos de cadeira/jogo por três anos no Barradão.
Os conselheiros optaram por dar ‘carta branca’ à diretoria que tem reconstruído o clube, evitando maiores traumas internos. ‘Politicou-se’ a decisão e mesmo Jorge Sampaio votou à favor.
Resta administrar a insatisfação de quem não foi atendido, como alguns segmentos de torcida, pois nem sempre argumentos vão ser suficientes.
Para o futebol local, foi uma injeção de ânimo diferente. Ainda que por dinheiro, acabou-se com uma das picuinhas que nos acorrenta.
Vejo como mais uma vitória rubro-negra. Como continuidade de um sonho que valeu à pena. O Barradão, centroavante no equilíbrio de forças Ba-Vi a partir de 1990, marcou mais um golaço. À diretoria do Bahia resta se curvar. Não ir ao estádio – e ter a torcida mais perto – é fazer outro mal ao clube.
Obs: Você já fez as contas de quanto vai custar cada ingresso para a Petrobrás, em média?
Escrito por Marcelo Sant’Ana.
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