Bahia enfrenta o fantasma do Jóia

O time do Bahia entra na disputa da 14ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro como 10º colocado, com 18 pontos ganhos, com quatro vitórias, seis empates e três derrotas. A diferença para os clubes do G-4, que é de 10 pontos para o líder Corinthians, e de cinco pontos para o 4º colocado, o Grêmio Barueri, está na campanha do time baiano nos jogos em casa, no estádio Jóia da Princesa, em Feira de Santana.

Nenhum matemático, ou estudioso da história do futebol baiano poderia prever a inusitada campanha do Bahia nesta volta à Série B do Campeonato Brasileiro. Justamente o time que é conhecido e consagrado pela força da sua torcida e dos resultados conquistados nos jogos dentro de casa. Mas, desde 25 de novembro do ano passado, com a tragédia que resultou na morte de sete torcedores e na interdição do estádio da Fonte Nova, o Bahia perdeu seu mando de campo e as suas forças.

O estádio Jóia da Princesa tem sido um autêntico alçapão para o Bahia, que nos seis jogos que disputou no seu mando de campo em Feira de Santana, o time jamais fez uma boa partida, ganhou apenas uma, de 2 a 1 para o Avaí, perdeu uma para o Grêmio Barueri, de 1 a 0, e empatou quatro: contra Fortaleza, de 1 a 1; Paraná, de 0 a 0; ABC, de 1 a 1, e São Caetano, também de 1 a 1. Dos 18 pontos ganhos, o time do técnico Arturzinho conquistou 11 fora de casa, com três vitórias contra América, em Natal, Criciúma em Santa Catarina, e Corinthians, em São Paulo, e dois empates, contra o Ceará, em Fortaleza, e Vila Nova, em Goiás.

O Bahia conquistou apenas sete pontos, dos 18 que disputou no estádio Jóia da Princesa. Se tivesse ganho pelo menos a metade, dois, dos quatro empates em casa, o time do técnico Arturzinho estaria hoje com 22 pontos ganhos, em 5º lugar na tabela de classificação, colado ao G-4, ao Barueri, que tem 23 pontos ganhos.

Por isso, o Bragantino, que está logo atrás do Bahia, em 14º lugar com 16 pontos ganhos, não passa de um mero coadjuvante no jogo desta noite pela Série B do Campeonato Brasileiro.

O maior adversário do Bahia esta noite é o fantasma do estádio Jóia da Princesa. Superando o tabu do seu mando de campo, o time do técnico Arturzinho vence fácil o Bragantino de São Paulo e se mantém entre os 10 melhores da 2ª Divisão, na briga por uma vaga no G-4, os que sobem para a Série A, a 1ª Divisão de 2009.

Galvão é a única dúvida
A equipe do Bahia está praticamente definida para enfrentar o Bragantino nesta sexta-feira, às 20h30, em Feira de Santana. O técnico Arturzinho aguarda apenas a liberação do atacante Galvão, que se recupera de um cansaço muscular no adutor da coxa esquerda. Nesta sexta-feira o jogador será submetido a uma avaliação para verificar se ele tem condições de jogar.

Galvão é o artilheiro do Bahia na competição com cinco gols. Enquanto o restante do elenco participava de um treino coletivo tático, o jogador corria em volta do gramado. Durante os 40 minutos do coletivo, Arturzinho fez várias intervenções para corrigir posicionamento e ensaiar cobranças de bola parada. O treinador insiste em bater nessa tecla para tentar surpreender o adversário, já que falta criatividade ao time do Bahia com a bola rolando.

A entrada de Adílson na lateral esquerda substituindo Ávine, que cumpre suspensão, é a única alteração em relação à equipe que começou o último jogo. A provável escalação é a seguinte: Darci; Marcone, Alison, Rogério e Adílson; Fausto, Emérson Cris, Rafael e Elias; Marcelo Ramos e Jones (Galvão).

O meia Guido, 26 anos, chegou nesta quinta-feira ao Bahia e tem 10 dias para assegurar sua contratação. O atleta é uma indicação do técnico Arturzinho e será avaliado nos próximos dias em trabalhos com o grupo. Guido foi revelado nas categorias de base do Vasco da Gama e também já passou por clubes como Bragantino-SP, Olaria-RJ, Bangu-RJ, Madureira-RJ, Friburguense-RJ, Linhares-ES e Treviso-ITA.

Quem já está contratado é o auxiliar técnico Luis Carlos Silva Cerqueira, de 49 anos. Ele é carioca, formado em Educação Física pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e já trabalhou com Arturzinho em 2003, no América-SP. Luis Carlos trabalhou 18 anos na Arábia Saudita, exercendo em diferentes momentos, as funções de preparador físico e auxiliar técnico. Entre outros treinadores, Cerqueira já auxiliou Carlos Alberto Parreira, Ivo Wortmann, Candinho e Toninho Cerezo. Com informações da Tribuna da Bahia e OUL

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