Artilheiro do Brasil preocupa o Bahia

O atual goleador do futebol brasileiro tem apenas 21 anos, atua em Santa Catarina e passou por Salvador na temporada 2004. O convênio com o Paraná trouxe Vandinho para a base do Vitória, mas a permanência na Toca do Leão emperrou na questão financeira. Quatro anos e os 25 gols pelo Avaí surgem como problema para o Bahia, amanhã.

O atacante preocupa, mas o primeiro alerta é com o coletivo. “Assisti ao vídeo deles duas vezes, parei e analisei. É uma forma interessante de atuar”, apontou o técnico Arturzinho. Os catarinenses apostam nos contragolpes em velocidade organizados por Marquinhos. O zagueiro Emerson é a arma nas bolas paradas, Válber e Vandinho, os definidores do segundo ataque mais eficiente da Série B – 17 gols.

Vandinho, de novo! Artur se esquivou outra vez. Orientará a defesa para o problema de marcar o artilheiro do Brasil na temporada? “Isso eu não faço. Imagina chegar para o jogador e dizer: ‘cuidado, tu vai enfrentar o Pelé’”, brincou. “O cara treme”. Mas na era multimídia, a boleirada arruma atalho até a informação. Efetivado como líbero, Fausto apresentou o currículo alheio.

Atleta rápido, 21 gols no Catarinense e outros quatro no nacional. “É preciso ter respeito e atenção”, diagnosticou, ciente de que o parar é apenas parte da senha para os três pontos. O adversário segue invicto dentro ou fora do estádio do Ressacada, assim como o líder Corinthians.

O tricolor segue a contramão e ainda não venceu no Jóia da Princesa.

Retrospecto desanimador e, talvez por isso, a primeira vitória seja tão importante. “Está na hora. A gente tem conversado no dia a dia. O Bahia precisa vencer lá. É a nossa casa!”, alertou Rogério. A notícia de que Pituaçu só estará pronto em setembro serviu para arrefecer os ânimos, resignar. A antecipação ao anúncio oficial de que o Barradão não será tricolor serviu para o grupo voltar a tratar Feira de Santana como lar, ao menos na próximas nove partidas. Informações do Correio da Bahia
Jorge Sampaio – “Sem dúvida, não”.
“Sem dúvida, não”. Três palavras de Jorge Sampaio, presidente do Vitória, foram suficientes para dar fim ao sonho da diretoria tricolor. Em nota pública que será divulgada nesta quinta-feira, 3, à tarde, o clube irá negar a cessão do estádio Manoel Barradas, o Barradão, ao Bahia.Jorge Sampaio reclamou da demora tricolor em pedir o estádio ao rival – a solução mais óbvia para o problema da falta de um local apropriado para receber a torcida azul, vermelha e branca. “O que é mais óbvio de a gente extrair disso é que o Bahia deveria ter feito esse pedido lá no fim do ano passado, quando estávamos todos muito comovidos com a tragédia”.

“Por motivos que só eles sabem, estão fazendo só agora, quase oito meses depois”, alfinetou, fazendo referência à morte de sete torcedores do Bahia na queda de um lance das arquibancadas da Fonte Nova, em 25 de novembro de 2007.

O dirigente afirmou que a intenção do clube era sentar para discutir o assunto antes do início da temporada. “Naquela época, o Vitória se ofereceu pra sentar à mesa, mas não houve ação do rival. Poderíamos encontrar uma solução até para o Campeonato Baiano. Agora, a torcida, que é soberana, é contrária”.Bahia tenta minimizar humilhaçãoOs dirigentes do Bahia tentam minimizar a humilhação que representa o fato de terem sido convencidos pela Federação Bahiana de Futebol a formalizarem a solicitação em uma reunião realizada na semana passada.O ex-presidente tricolor Paulo Maracajá declarou que a diretoria do Bahia só pediu a reunião para agradar a FBF e que jamais teria aceitado o prazo de uma semana dado pelos dirigentes do Vitória para dar a resposta. “Para mim tinha que ser na hora, ou era sim ou não. Todo mundo sabe que essa história de consultar conselheiros e torcida é apenas um pretexto para dizer não”, criticou.

Solidariedade: delegação do Bahia socorre Vitória

Ao contrário do que os dirigentes vêm pregando no futebol profissional da dupla BA-VI, os comandantes e comissão técnica da divisão de base tricolor deram um exemplo que deveria ser seguido no esporte. Quando retornavam de Porto Seguro no último final de Semana, a delegação júnior do Bahia se deparou com o ônibus dos jogadores do Vitória parado, quebrado, e com um jogador necessitando de cuidados médicos. Automaticamente, a ordem foi dar o socorro num hospital de Itabuna.
O atleta foi conduzido no ônibus tricolor e, ao voltar para a estrada, à situação ainda era a mesma. A delegação Rubro Negra permanecia no mesmo local, sem perspectiva de viajar. Prontamente, os grupos se juntaram e todos retornaram de carona com o Bahia até o Barradão. O fato retrata a atitude correta fora de campo, mostrando que acima da rivalidade entre Bahia e Vitória existe humanidade; adversários que podem se tornar companheiros no mundo da bola. ( Márcio Martins)

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