Galícia leva cinco mil torcedores para a Fonte Nova

“O Galícia nunca estará sozinho”, era o que dizia uma das faixas presentes na tarde desta sexta-feira na Fonte Nova, no empate de 2×2 entre o azulino da capital e o Independente de Feira de Santana, pelo primeiro jogo da final da segunda divisão do Campeonato Baiano.

E mesmo na segunda divisão, o Galícia conseguiu levar um bom público para o estádio: 5.310 espectadores, dos quais 4.072 entraram com vale-show e 608 pagaram R$ 5 na bilheteria. O jogo foi disputado em pleno calor das 15 horas do feriado de Finados. Se houve algum torcedor do Independente presente à Fonte Nova, nem mesmo nos momentos dos dois gols da equipe feirense ele se fez notar.

Os mais animados galicianos levaram até tambores para o estádio. A maioria deles, moradores das redondezas do Parque Santiago, estádio do Galícia, localizado em Brotas. E no mesmo grupo tinha desde a turma da velha guarda, como Creonaldo dos Santos, que do alto de seus 45 anos de idade já viu muitas vezes o clube enfrentar na mesma Fonte Nova Bahia e Vitória pelo Baianão, até ‘neo-galicianos’ como Denis Vinicius, 11, que além de torcer também joga pelo Azulino como lateral direito.

Também se fez presente a tradicional comunidade da Galícia, região espanhola de onde migraram os fundadores do clube. Entre eles gente ilustre, como o secretário de saúde do governo do Estado da Bahia, Jorge Solla, 46. “Não venho ver o Galícia na Fonte há mais de 15 anos”, disse Solla, que estave presente à última final na qual o Galícia disputou, em 1995, contra o Vitória no Barradão.

No estádio, não faltaram gritos de apoio ao azulino, alguns emprestados como “O Galícia é minha vida, Galícia meu orgulho, Galícia meu amor” ou alguns mais originais como “Volta Tubarão, pra primeira divisão”. O Tubarão em questão é o mascote da T.U.B.A, Torcida Uniformizada Bonde Azul, formada no inicio desse ano por jovens moradores de condomínios próximos ao parque Santiago.

Também não faltaram os simpatizantes torcedores de Bahia e Vitória, caso do tricolor Félix Moreira, 65. “Eu nasci vendo o Galícia ser campeão. Venho de um tempo onde tínhamos equipes como Leônico e Botafogo, que tinham muito mais representatividade”. Em tempo: Foi em 42, ano que Moreira nasceu, ano que o azulino se sagrava bi-campeão baiano, e logo no ano seguinte, iria repetir a dose, tornando-se o primeiro tri-campeão baiano da história.

O jogo

A festa da torcida nas arquibancadas transormou-se em drama logo no início do jogo, já que aos 7min o Independente abriu o placar, com um gol de Souza. E a vantagem dos visitantes foi ampliada por Jamaica aos 41min com o gol de Jamaica.

O técnico Lula Mamão fez modificações na equipe, entre elas a entrada do experiente lateral Moisés. A mexida começou a fazer efeito logo aos 7min, quando Sívio tirou pela primeira vez o grito de gol da garganta dos 5 mil azulinos presentes. O empate veio próximo do final do jogo, aos 39min, com gol de Marcos Neves.

A partida que define quem fica com a vaga para a primeira divisão do Campeonato Baiano em 2008 está programada para este domingo, às 15 horas no Jóia da Princesa, em Feira de Santana. O Independente, dono da melhor campanha, joga pelo empate. Ao Galícia, o demolidor de campeões, só a vitória interessa.

A Tarde

Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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