Assembléia Geral agita torcida tricolor

Quando o assunto é democracia, o Bahia restringe suas decisões ao seleto grupo dos sócios com direito a voto. O número, não se sabe ao certo. Calcula-se cerca de 400 tricolores em dia com suas obrigações, mas nem todos esses poderão participar na Assembléia Geral Extraordinária convocada para as 17h30, na sede de praia do clube, com o intuito de “apreciar e votar a proposta de alteração do Estatuto Social, conforme aprovado em reunião do Conselho Deliberativo realizada em 21 de Julho do corrente ano”.

O principal item da pauta: a possibilidade de realizar eleições diretas para presidente a partir de 2011. Com 56 associados do clube, o grupo Revolução Tricolor está impedido de acompanhar a reunião. “Recebemos um telefonema do senhor Marcus Souza (diretor administrativo), na segunda-feira, informando que não poderíamos participar da reunião”, denuncia Leandro Fernandes. O motivo? “Disseram que não somos sócios há mais de um ano”.

Está no artigo 48 do atual estatuto do clube: “O sócio contribuinte passa a ter o direito de voto a partir do 36º mês de admissão e de votado após o 60º mês de contribuição ininterrupta”. Por acordo, o prazo de carência foi reduzido a 12 meses. Mas por que não permitir a participação de mais associados justo no momento em que se decide o futuro do clube?

Questão meramente matemática. Reduzidos os cerca de 400 sócios aptos, resta, quase que na sua totalidade, a parcela adimplente dos 323 membros do Conselho Deliberativo – por definição, associados. Em resumo: decidirão pelas alterações no estatuto os mesmo que elegeram presidente Petrônio Barradas em 2005 e perpetuaram por mais três anos o grupo que segue no poder desde a década de 1970.

PROTESTO

Torcida e oposição prometem protestar. Nas comunidades do Orkut, em manifestos pela Internet, no boca a boca, nas ligações para redações dos jornais, os alijados do processo prometem comparecer à sede do clube e pressionar.

Nem os responsáveis diretos pelo encontro parecem muito satisfeitos com o modelo da tomada de decisões. A Bamor promete marcar presença na sede de praia. A organizada conseguiu documentos prometendo as alterações no estatuto quando tomou o Fazendão, no dia 11 de Junho deste ano. “Precisamos que a Assembleia referende o acordo já aprovado pelo conselho e a presença dos sócios é fundamental”, afirma Rosalvo Castro, da torcida Povão, sócio remido e que também participou da invasão do Fazendão. Acórdão na pauta

Eleições – Democracia só em 2011. Segue o modelo tradicional no pleito realizado entre os dias 1º e 15 de dezembro. Os membros do conselho elegem o presidente para mandato de três anos. A diferença: serão eleitos simultaneamente, em chapa única, um presidente e um vice. Eleição direta, com votos dos sócios, só a partir de 2011. Prazo de carência para o sócio voltar é de um ano.

Conselho – Proporção complicada. As eleições para os membros do conselheiro deliberativo, em janeiro de 2009 serão realizadas de forma proporcional à representatividade de cada chapa escrita na disputa presidencial de dezembro. Isto desde que a chapa receba um mínimo de 20% dos votos. A divisão acontece na proporção da votação recebida.Associados – Mensalidade será de 20.00. O titulo de sócio contribuinte será vendido sem a necessidade de pagamento de “jóia” de adesão, taxa usualmente cobrada pelos clubes sociais. Inicialmente a mensalidade será de R$ 20, valor considerado acessível para todos. Será nomeado pela atual direção do clube um novo vice-presidente social.

Transparência – Todo mundo quer saber. O site oficial do clube disponibilizará o novo estatuto do clube, confeccionado há 27 anos e jamais foi modificado pelos dirigentes. A direção do Bahia assegura uma cota de 1 mil ingresso para todos os jogos em que o clube for o mandante, ao valor de meia-entrada para as torcidas organizadas. Com informações do Correio

Pituaçu: Adotadas medidas para suspender embargo

O Governo do Estado já adotou providências a fim de que as obras no estádio de Pituaçu possam ser retomadas e concluídas o mais rápido possível. A primeira providência foi encaminhar um pedido de reconsideração ao desembargador Olegário Caldas, que concedeu liminar, no dia 4 deste mês, determinando a suspensão das obras no estádio de Pituaçu. Como não havia sido notificada, até a última sexta-feira (21), a Conder manteve o ritmo das obras no estádio. Outra decisão do estado foi dar entrada no Supremo Tribunal Federal (STF) num pedido de suspensão da liminar.

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