O Esporte Clube Bahia caminhava para sofrer mais uma derrota do maior rival dentro do Barradão, até que Biel e Everaldo saíram do banco para mudar a história do Ba-Vi. O Esquadrão tomou 2 a 0 aos 23 minutos, mas conseguiu empatar aos 26, com dois gols no intervalo de três minutos. Autor do gol de empate, Everaldo concedeu entrevista coletiva nesta terça (23) e disse que viu uma soberba do lado do Vitória, e que saiu do banco revoltado.
“Ba-vi é Ba-vi, mas nesse jogo específico nós estávamos perdendo por 2×0, eu já via um pouco de soberba do outro lado, olhando de fora, e eu estava bem revoltado. Eu estava do lado de fora e o que poderia fazer era motivar os companheiros”, iniciou ele.
O camisa 9 valorizou o ponto somado, mas afirmou que dava para o Bahia ter virado o jogo. “Quando eu entrei, olhava no olho de cada um, do Thaciano, Cauly, Gabriel Xavier, Biel, que entrou comigo, olhava e dizia: ‘Bora que dá’. E dava pra ver que eles queriam também, mas faltou alguma coisa que eles não conseguiram fazer antes das mudanças. Em cada bola parada eu procurava motivar, em cada ataque. Eu tinha dentro de mim que a gente ia conseguir o resultado. Não era o 2×2 que eu queria, queria o triunfo, ainda mais fora de casa, mas levando em consideração o contexto do jogo, acho que tá de bom tamanho”, completou.
“Esse jogo, olhando pelo lado de fora, era um jogo que estava sendo difícil para a gente. A gente tinha a posse, mas não conseguia finalizar. Entre nós mesmos, ficamos olhando um para a cara do outro, sabendo que quando a gente entra, entra para resolver. Foi isso que aconteceu. O Kanu e o Danilo falaram que quem entrasse ia resolver. Eu e Biel entramos e fizemos os gols. Fiquei feliz, gol bonito, no clássico, mas o gostinho que ficou foi de que poderia ter virado o jogo. Temos que valorizar a esse ponto, é importante, então é dar sequência”, disse.
O jogador falou seu posicionamento em campo e destacou que quer entrar em campo para colaborar. “É dar sequência no trabalho. Com o professor Rogério, venho tendo um posicionamento diferente e procuro fazer o que ele pede. Quando entrei, estava como centroavante e consegui usar os espaços que o Vitória tava dando em uma bola que recebi entre linhas. Quero estar sempre em campo, independente da situação, meu propósito é ajudar. Quanto mais perto do gol, melhor”, contou.