Com a venda para o City Football Group, o Esporte Clube Bahia concluiu o processo de transferência do Fazendão e do CT Evaristo de Macedo para a SAF. Antes da transformação em clube-empresa, o Esquadrão estava prestes a vender o antigo CT, que não vem mais sendo utilizado, no entanto, a nova gestão ainda não decidiu sobre o futuro do equipamento. Segundo informações, a ideia do conglomerado é reformar o Fazendão para que seja novamente o principal centro de treinamento do Bahia.
Ex-supervisor de futebol do Bahia, Jayme Brandão falou ao programa BN na Bola sobre a possibilidade de mudança para o Fazendão em razão da logística dificultada pelas idas e vindas ao CT Evaristo de Macedo.
“Eu acho que a tendência é que isso aconteça (voltar ao Fazendão). Falando como profissional de logística, que se preocupa e preza pela boa condição do atleta, física e mental, para desempenhar o seu melhor, eu acho que a distância para Cidade Tricolor causa um prejuízo para o Bahia em relação a performance física e mental do atleta”, disse.
“Todos os atletas percorrem 45 km para ir 45 km para voltar todos os dias. Sem entrar no mérito dos acidentes, a pista é insegura, mas não vou entrar nesse mérito. Quando o Bahia vai fazer uma viagem para São Paulo, o atleta tem que ir para Cidade Tricolor, às 7h da manhã, em Dias D’ávila, depois pega um ônibus, sai da Cidade Tricolor, vai pro Aeroporto, chega uma hora antes do voo, pega o voo. Às vezes o Bahia vai fazer um jogo em Porto Alegre, a viagem do atleta começa 7h da manhã e termina às 7h da noite quando ele entra no quarto do hotel Isso não acontece com as potências do Brasil porque em termos geográficos a diferença é brutal”, comentou.
Jayme frisou que o Bahia tem uma das três piores logísticas do futebol brasileiro desde que se mudou para o CT Evaristo de Macedo e que os jogadores reclamam bastante. “O Bahia tem sem sombra de dúvidas a segunda ou terceira pior logística. Os atletas reclamam muito. O Fortaleza é pior disparado, o Cuiabá, e o Bahia também. A distância do CT, não falo da qualidade do CT do Bahia porque é excelente, mas você tendo um terreno, dentro de Salvador, a 10 minutos do Aeroporto, já com estrutura”.
“É a tendência que o Grupo City deva sim reformar o Fazendão. O formato eu não sei, mas talvez o futebol profissional ir pro Fazendão e o CT ficar pra base ou feminino. Não sei como vai ser, mas as pessoas que lá estão já perceberam o desgaste que esse trânsito para Cidade Tricolor causa no dia a dia do clube”.