Triunfo sobre o CSA proporciona ao torcedor do Bahia brincar o carnaval tranquilo

CSA 0 x 2 Bahia: Jogo feio, Bahia cirúrgico e três pontos na bagagem

Foto: Mauro Akin Nassor/CORREIO

Desde o último final de semana que o carnaval ou pré-carnaval já vem mandando ver na cidade. Começou no sábado com o Fuzuê, emendou no domingo com o Furdunço na Barra e, é como diz o grande cantor e compositor Gerônimo: “Já é carnaval cidade, acorda pra ver…” e, como o futebol não pára e, quando pára dentro de campo, seus bastidores não param porque, o resultado de um jogo tem que continuar repercutindo. E nesse ínterim momesco, nessa Quarta-Feira o Bahia enfrentou um CSA em crise, lanterna e “invicto” na competição (ainda não venceu), e como o Bahia não tinha e nem tem nada a ver com isso, foi lá no Rei Pelé, impôs sua superioridade técnica e, colocou ainda mais, combustível na fogueira da crise do clube alagoano, vencendo por 2×0.

 

Isto posto, por razões óbvias, os torcedores do rival vão subestimar o resultado por ter sido diante do CSA, mas, também, muitos tricolores que ainda estão insatisfeitos com o desempenho do time na temporada, com o agravante de ter sido eliminado da Copa do Brasil, logo no primeiro jogo diante de um fraco e desconhecido River e, na seqüência, ter perdido o Bavi, hão de dizer: ah, venceu uma “galinha morta”, o lanterna da competição! Mas, se o Bahia perdesse para o CSA, haja vista que existem três resultados que cercam uma partida de futebol? A crítica já era diferente e ácida: como é que perde para o timeco do CSA, o pior time da competição? Então, no futebol, o importante é vencer, para ser pragmático e conquistar os três pontos que é o quê interessa, independentemente que seja diante de timão ou de timinho.

O futebol é fantástico. Assim como em apenas uma partida, tipo River x Bahia, válida pela Copa do Brasil – a competição mai$ valio$a e cobiçada da temporada – e no final dos noventa e poucos minutos deixou o Bahia eliminado, diante de um time fraco, que disputa a Série D, de dado (nada a ver com Cavalcanti) e, de quebra, quatro dias depois, o Bahia sofre outro revés em plena Arena Fonte Nova, diante do rival, em pouco espaço de tempo, todo ambiente de paz e tranquilidade da equipe foi transformado num verdadeiro inferno e foi o que aconteceu com o Bahia, que após os dois reveses, até os muros que cercam o recém inaugurado CT Evaristo de Macedo, não escaparam da ira de alguns torcedores e acabaram sendo pichados.

Passada às duas dolorosas porradas, muita especulação a respeito da permanência ou não, do técnico Roger Machado no comando da equipe, também, por causa das sequelas oriundas do fracasso do time na reta final do Brasileirão do ano passado, mas, conseguiram juntar os cacos e já na estréia da Copa Sul-Americana diante do Nacional do Paraguai, o time já apresentou outra performance, goleou o time paraguaio, em seguida, jogou no Castelão e empatou com o Ceará pela Copa NE, só não vencendo por circunstâncias e nuances do futebol e nessa quarta-feira, não tomou conhecimento da crise do CSA e enfiou 2×0 um resultado que, além da equipe dar um grande passo às quartas de finais da competição, proporciona ao seu torcedor brincar um carnaval tranquilo, na esperança de carimbar à classificação na quarta-feira de cinzas para próxima fase da Sul-Americana!

Um bom carnaval a todos foliões. BBMP!

José Antônio Reis, torcedor do Bahia e colaborador do Futebol Bahiano.

 

 

Autor(a)

José Antônio Reis

Torcedor Raiz do Bahêa, aposentado, que sempre procura deixar de lado o clubismo e o coração, para analisar os fatos de acordo com a razão. BBMP!

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