Ex-Vitória e Palmeiras, atacante faz forte desabafo e relata drama com lesões

o jogador relatou o drama com as lesões e a luta para tentar dar a volta por cima. 

O atacante Luan Silva despontou em 2018 como uma grande promessa da base do Vitória, chamando a atenção até do Barcelona. No início de 2019, foi contratado pelo Palmeiras, mas atuou apenas 43 minutos. Nos últimos anos, o jogador hoje aos 25 anos sofreu com as inúmeras lesões, passando por quatro cirurgias no joelho, e sem conseguir retornar aos gramados.

Em 2022, o contrato com o Palmeiras foi encerrado e o atacante voltou ao Vitória, mas não permaneceu e foi aconselhado a encerrar a carreira. Atualmente sem clube, ele treina por conta própria. Em entrevista ao portal “NOSSO PALESTRA”, o jogador relatou o drama com as lesões e a luta para tentar dar a volta por cima.

“Eu fiz aquele jogo pelo Vitória contra o Palmeiras na última rodada do Campeonato Brasileiro de 2018, fiz o gol. Após a partida, o Alexandre Mattos (Ex-diretor do Palmeiras) falou comigo no campo. Três meses depois, eu estava no Palmeiras. Nesse intervalo, até chegar no Palmeiras em março, estava fazendo a pré-temporada no Vitória, estreamos na Copa do Nordeste, mas infelizmente acabei lesionando o ligamento do joelho esquerdo”, disse.

“O Palmeiras já estava interessado, fiquei sabendo que o Grêmio também, através do Renato Gaúcho, estava muito interessado. 40 dias da minha lesão de ligamento eu estava no Palmeiras, e fiz todo esse processo de recuperação no clube”, completou.

Luan Silva chegou ao Palmeiras em 2019 emprestado pelo Vitória, já lesionado, voltou a treinar em agosto, mas só foi estrear em março de 2020 com Vanderlei Luxemburgo, sendo titular no empate em 1 a 1 com a Ferroviária, pelo Campeonato Paulista, mas foi substituído no primeiro tempo após sofrer uma lesão. Mesmo com as lesões, o Palmeiras renovou o contrato de empréstimo do atacante e comprou 15% dos direitos econômicos.

“Por volta de agosto, fiz meu primeiro treino com o grupo. Treinei bem. Estava em casa e, na hora de dormir, meu joelho estava inchado e rígido, uma sensação que eu havia sentido somente no pós-cirúrgico. Reportei para o pessoal do Palmeiras, fiz exame. No dia seguinte, fui fazer exame e me informaram que eu tinha lesionado a cartilagem no mesmo joelho esquerdo”, disse.

“Pensei: “Duas cirurgias em oito meses e fui para mais uma”. O pós-cirúrgico foi muito mais tranquilo do que a de ligamento, consegui recuperar bem, cerca de três meses e pouco eu já estava treinando com o grupo nas vésperas da última rodada do Campeonato Brasileiro”, finalizou.

“Já em 2020, com o Luxemburgo, faço toda a pré-temporada, não viajo para os Estados Unidos, porque o Palmeiras identificou que era melhor estar no CT trabalhando. Porém, ocasionalmente mancava, nada que atrapalhasse, mas não lembro se eu reportei isso para os profissionais. Fui para o primeiro jogo contra o Guarani, no Paulista, depois fui para Libertadores e estreei contra a Ferroviária”, disse.

“No início da partida, senti a posterior, que é uma coisa normal que acontece com quem tem uma lesão de joelho. Eu não tinha esse trabalho adequado, também era muito imaturo, achava que não ia chegar no nível que chegou”, completou.

“Tive meus erros também. Fiquei aquele tempo parado, engordei um pouco, não tinha essa consciência profissional. Não posso só falar das outras pessoas e não me colocar nessa situação. Estava treinando muito em asfalto, em casa, em terrenos rígidos, não tinha noção. Só prejudicou o meu joelho. Os treinos do Palmeiras voltaram em junho ou julho. Faço um treino pela manhã, e nesse treino da manhã eu já senti um peso na parte da frente do quadríceps direito. No outro dia comento com os médicos, faço o exame, e detecta-se lesão de grau dois ou grau três no quadríceps da perna direita”, disse

“Na transição dessa lesão, estava fazendo um treino no campo anexo do CT. Fui almoçar e o meu joelho esquerdo estava deslocando. Fiz o exame e detectou novamente uma lesão de cartilagem. Me desesperei. Eu e toda minha família. Só que eu estava disposto a passar por mais uma. Foi feito um procedimento até que novo na história mundial. Foi feita a membrana de colágeno. Passei 21 dias com a perna reta, sem poder dobrar, o tempo todo deitado, muito sofrimento. Com isso passei até final de 2021 sem evolução no meu quadro. Passei um ano e três meses aí, 15 meses sem evolução nenhuma”, completou

Luan afirma que foi vítima da falta de qualidade dos profissionais durante todo o processo de recuperação. “Identifiquei que alguns profissionais já não acreditavam mais em mim, que eu não tinha mais jeito. Hoje eu sei que foi muito mais falta de qualidade do pessoal lá de dentro, do que a minha situação, porque meu caso era possível de reverter. A falta de qualidade deles, de identificar e de fazer o exercício correto que eu necessitava falou muito mais alto do que o que eu precisava. Então, o que determinou o encerramento da minha carreira foi muito mais a falta de qualidade desses profissionais do que a minha própria situação”, disse

Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: [email protected]

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