Revelado nas divisões de base do Esporte Clube Bahia, o volante Feijão foi promovido ao elenco principal após se destacar em 2013, na Copa São Paulo de Futebol Júnior. No mesmo ano, o jogador estreou profissionalmente pelo Esquadrão, em jogo contra a Juazeirense, pelo Campeonato Baiano, no dia 24 de março. Ele foi chamado pelo técnico Jorginho e atuou por apenas um minuto, mas não escondeu a emoção com a primeira chance.
“Foi uma emoção muito grande. Minha mãe e meu pai choraram por uns três dias. Meus irmãos sempre choravam e ficavam sem acreditar, assim como amigos e familiares. Ninguém acreditava que aquilo estava acontecendo, porque é tudo muito difícil”.
“Foi um choque. Você como cria da divisão de base e ainda torcedor, claro que o sonho é ser atleta profissional do clube. Todos os atletas querem despontar em um time grande, ainda mais quando você tem um carinho pela instituição. Minha família é toda Bahia, sou torcedor do Bahia doente. Foi um ano fantástico, joguei Série A e fiz muitos jogos. Foi um ano muito bom para mim, que era um jovem de 18 anos. Dali tive oportunidades de ir para clubes maiores. Foi muito gratificante”, reviveu o momento com sorriso largo.
No Bahia, Feijão foi campeão baiano em 2015 e fez parte do elenco campeão da Copa do Nordeste em 2017. Além dos títulos, o volante foi o responsável por marcar o gol de número 1.000 do clube na história do Campeonato Brasileiro.
“Foi muito histórico, fiquei marcado na história do clube por fazer o gol 1.000 no Campeonato Brasileiro. Na época, o pessoal não acreditava muito em mim porque minha função era roubar a bola e proteger a defesa. Mas eu falei para minha mãe que ia tentar chutar em gol para entrar na história do clube. Todo mundo dizia que seria Fernandão, Walisson, Marquinhos Gabriel… Mas ninguém me colocava na lista. Graças a Deus fui abençoado e pude entrar na história do clube”.
Aos 30 anos e atualmente defendendo o Moura, de Portugal, Feijão também falou sobre a rivalidade com o Vitória. “Jamais vou ser Vitória, sempre serei Bahia. Meu coração é do Bahia. Quando eu vejo o Vitória, me dá nojo. A rivalidade tem que ser sempre saudável, cada um vai defender seu ganha-pão. Na época eu defendia o Bahia, time para o qual eu também torço. Mas eu gosto, eu gosto, acompanho Ba-Vi até hoje. Vi Jean Lucas, Caio Alexandre imitando a galinha… Eu gosto… Cada um defendendo seu clube de forma saudável. É importante ter os dois bem para o futebol do estado”.
Quando tinha cinco anos, Feijão teve a chance de jogar na escolinha do Vitória, mas recusou. “No Vitória eu não vou. Eu quero jogar no Bahia. É o Bahia que eu vou ajudar a ganhar títulos”, disse ao pai à época.
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