Desde os tempos de jogador, Rogério Ceni sempre foi o primeiro a chegar e o último a sair do treinamento. Como treinador, ele mantém o mesmo padrão de profissionalismo, inclusive, em vários clubes já dormiu no CT para trabalhar mais. Por outro lado, a imprensa sempre taxou o treinador como uma pessoa que tem facilidade de ter problemas com os jogadores.
No Cruzeiro, Ceni ficou poucos meses, e saiu após conflitos com alguns “medalhões” do elenco. No Flamengo, apesar de ter sido campeão estadual, brasileiro e da Supercopa, também teria tido alguns atritos. Na primeira entrevista como treinador do Bahia, ele falou sobre o relacionamento com o elenco e como gosta de trabalhar. Ceni frisou que gosta dos atletas que chegam cedo e se dedicam, e afirmou que trata todos bem.
“Sou um cara extremamente profissional, minha carreira fala por si só. Eu gosto dos que trabalham todos os dias, chegam cedo, se dedicam, querem evoluir. Eu entendo que o Bahia é uma equipe para ter calendário e dois jogos por semana. O que traz descontentamento de um jogador é ele não estar participando diretamente. Então, são 29, 30 jogadores de linha. É difícil manter um grupo em qualquer lugar. Hoje é diferente o futebol da minha época. Não tenho problemas, trato todos muito bem. Exijo muito durante o treinamento. É fazer o melhor por quem me contratou e ter uma boa relação com todos. O Fortaleza é um grande case de sucesso na minha carreira, o Flamengo tive três títulos. E no São Paulo também”.
O treinador também falou sobre a relação com a imprensa. “Futebol é paixão. Temos que entender isso. Não sei o time que todo mundo torce. Imagino que a grande maioria, torcedor do Bahia. Existe a pergunta sobre o jogo e existe a emoção, avaliação. Vocês vivem da notícia, da polêmica. Alguns mais técnicos, outros mais folclóricos. Temos que ser sinceros. Vou dar uma explicação na vitória ou derrota. Quando achar que errei vou falar. Eu acho que a sinceridade e o respeito são o mais importante. A pergunta é por toda torcida do Bahia”.