O Esporte Clube Bahia deve oficializar em dezembro a venda da SAF para o Grupo City. A proposta é de R$ 1 bilhão, dividido em R$ 500 milhões para a compra de jogadores, R$ 300 milhões para o pagamento de dívidas e R$ 200 milhões para infraestrutura, categorias de base, capital de giro, entre outros, em um prazo de 15 anos. A folha salarial anual será de pelo menos R$ 120 milhões por ano se o clube estiver na Série A, R$ 77 milhões se estiver na Série B ou 60% da receita bruta da SAF. Em entrevista o presidente Guilherme Bellintani explicou que a Associação segue com poder de veto em algumas situações: alteração de razão social (nome), modificação de sinais de identificação do time (escudo, cores, marcas, hino, apelido) e a mudança da sede.
“Dentro do contrato, a Associação receberá R$ 2,5 milhões por ano para manter as suas atividades básicas. Inclusive, para pagar consultoria para acompanhar contrato da SAF. A Associação também tem direito a distribuição de lucros se tiver. Se tiver R$ 100 milhões de lucro, a Associação vai ter direito a 10%. Lógico que vai descontar o que já tiver recebido dos R$ 2,5 milhões anuais. A Associação também pode ter sócios para custear os projetos dos seus projetos. Se ele quiser implementar projetos, por exemplo, precisa arrecadar dinheiro dos seus sócios ou trazer patrocinadores para cobrir esses projetos. Quando a gente divulgou o R$ 1 bilhão [de investimento do City], não está incluído esse valor de R$ 2,5 milhões”, afirma o presidente.
Bellintani também esclarece que o Grupo City pode tirar lucro da transação de jogadores, mas essa não é uma prática comum do fundo árabe, e que no curto e médio prazo, o lucro deve ser utilizado para investir no clube.
“Ela tem obrigações mínimas de investimento. Grande parte do lucro é previsto pela transação de atletas. É aí que a SAF vê a recuperação do investimento feito. Não vamos ser ingênuos que vão investir R$ 1 bilhão e deixar o dinheiro sem tirar lucros. Qual é a boa notícia? O Grupo City não tem cultura de retirada de lucros. É improvável que no curto e médio prazos retirem. Ele pode fazer, mas não é o hábito. Eles têm reinvestido no clube todo lucro que eles têm. Eles entendem que, se reinvestem, a empresa valoriza, e o fundo de investimento está mais valioso”, conclui o gestor.
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