Conselho do Bahia apresenta mais detalhes da proposta do Grupo City

a proposta do Grupo City é de comprar, pelo menos, 90% da SAF.

Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

Mais detalhes da proposta do Grupo City para compra da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) foram revelados aos torcedores do Esporte Clube Bahia, na noite da última quinta-feira (13). Nesse sentido, a Comissão Provisória instituída no Tricolor para estudar o tema detalhou todos os principais pontos do documento que está em análise no Conselho Deliberativo antes de ser levada para votação dos sócios-torcedores.

 

Acima de tudo, a proposta do Grupo City é de comprar, pelo menos, 90% da SAF (10% permanecem com a associação civil). Com essa meta, o fundo árabe se responsabiliza a desembolsar R$ 1 bilhão em até 15 anos. O mínimo seria de R$ 500 milhões para a compra de jogadores; além de R$ 300 milhões para o pagamento de dívidas; e o restante, isto é, R$ 200 milhões para infraestrutura (único item não obrigatório). O acordo permanecerá em vigor por um prazo determinado de 90 anos, renovável por períodos adicionais.

Os valores destinados à aquisição de novos jogadores são contabilizados apenas em situações em que o jogador dispute dez partidas como titular, permaneça uma temporada inteira registrado na equipe principal e tenha ao menos três anos registrado por outra equipe. Para estimular a competitividade, há obrigação contratual de manter a folha salarial da empresa no que for maior: R$ 120 milhões por ano se o time estiver na Série A, R$ 77 milhões se estiver na Série B ou 60% da receita bruta da SAF.

A estrutura de Governança da SAF do Bahia vai ser formada por Conselho de Administração (até seis membros, mandato de três anos e permitida reeleição, sem remuneração), Conselho Fiscal (de três a cinco membros, mandato de três anos e permitida reeleição  – com remuneração), Diretoria Executiva (um diretor presidente indicado pelo Conselho de Administração para mandato de três anos) e Assembleia de Acionistas (Associação tem 10% dos votos e o Grupo City tem 90%). As redes sociais do Bahia vão passar para a SAF, mas a associação também vai poder fazer divulgações.

Mediante os trâmites das Comissões Jurídica e Provisória da SAF, que vão emitir um parecer, a etapa posterior equivale ao pleno do Conselho Deliberativo. O órgão vai debater o assunto e também formular uma avaliação do documento. Após essas fases, uma Assembleia Geral de Sócios será realizada, a qual vai decidir se aprova ou não a proposta do Grupo City.

Por fim, existe a projeção de que o Bahia englobe a votação dos sócios até o meio do mês de dezembro. Uma vez que a proposta seja aprovada, ocorre a chamada “burocracia para formalização”. Posteriormente, acontece a transferência de ativos, onde a SAF conquista todos os contratos da associação, tanto de treinadores, quanto de atletas, além de funcionários, ativos, direitos e obrigações.

Autor(a)

Pedro Moraes

Jornalista, formado pela Universidade Salvador (Unifacs). Possui passagens em vários ramos da comunicação, com destaques para impresso, sites e agências de Salvador e São Paulo. Contato: pedrohmoraessjorn@gmail.com

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