Bahia se resguarda judicialmente em caso de condenação de lateral

Lateral-direito pode sequer encerrar a temporada no Esquadrão de Aço

Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia

Anunciado pelo Esporte Clube Bahia na última segunda-feira (1°), Marcinho chegou ao lado de Ricardo Goulart, mas, diferentemente do meio-campista, o lateral-direito, que fechou contrato até o término desta temporada, pode deixar o clube antes do término do vínculo. Aos 26 anos, o ex-atleta de agremiações como Botafogo e Athletico Paranaense, corresponde a réu por ter atropelado e, consequentemente, levar a óbito dois professores – Maria Cristina José Soares e Alexandre Silva de Lima -, no Rio de Janeiro, em 2020.

 

Além disso, atualmente o defensor responde a processo criminal que está em ação na Justiça. Enquanto Alexandre faleceu no local, Maria Cristina, que foi hospitalizada em situação grave, também não conseguiu sobreviver. Revelado pelo Glorioso, o defensor admitiu ter comandado a direção, porém fugiu sem sequer prestar socorro. Posteriormente, Marcinho entrou em acordo para indenizar os herdeiros do casal, assim como o processo civil foi finalizado.

“Nove pessoas foram indenizadas. Foi feito um acordo extrajudicial envolvendo os adultos, acordo através de instrumento público em cartório. A parte já realizou o pagamento com todos o herdeiros no momento da assinatura do acordo”, comentou o advogado de Marcinho, em entrevista ao site ge.globo.

Por conta da indefinição quanto ao processo criminal, o Bahia afirma que se resguardou judicialmente em caso de condenação do lateral. “Tem cumprido o que a Justiça determinará. O Bahia respeitará as decisões judiciais. Nosso contrato vai até o final da Série B. O clube está se respaldando com cláusulas que protejam o clube em caso de condenação. Mas, enquanto a Justiça brasileira permitir que o atleta desenvolva o seu trabalho, o clube vai abrir as portas e dar oportunidade de voltar a trabalhar”, afirmou Eduardo Freeland em anúncio da chegada do jogador.

Marcinho agradeceu ao Bahia pela oportunidade de voltar a jogar. “Sou muito grato ao clube pela oportunidade, poder voltar a trabalhar. Momento muito importante na minha carreira. Os momentos que vivi nos últimos anos não foram felizes. Se eu pudesse voltar atrás, com certeza, teria feito totalmente diferente. Estou aqui para poder recomeçar. Muito importante voltar a trabalhar”, afirma Marcinho.

Autor(a)

Pedro Moraes

Jornalista, formado pela Universidade Salvador (Unifacs). Possui passagens em vários ramos da comunicação, com destaques para impresso, sites e agências de Salvador e São Paulo. Contato: pedrohmoraessjorn@gmail.com

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