Bellintani lamenta “cultura de agressividade” no futebol e relata xenofobia contra português

"Bruno, por mais de uma vez treinando o time na beira do campo, foi xingado de 'português de merda'"

Foto - Rafael Machaddo/EC Bahia

Nesta terça-feira, após a entrevista do goleiro Danilo Fernandes na sala de imprensa do CT Evaristo de Macedo, o presidente do Esporte Clube Bahia, Guilherme Bellintani, se pronunciou e voltou a falar sobre o episódio da bomba lançada no ônibus do clube que atingiu o arqueiro. O mandatário lamentou a “cultura de agressividade” no futebol e aproveitou para relatar um caso caso de xenofobia contra o auxiliar português Bruno Lopes.

 

“Bruno, por mais de uma vez treinando o time na beira do campo, foi xingado de ‘português de merda’, ou ‘volte de caravela para lá’. Uma forma xenofóbica que não representa a torcida do Bahia, mas precisa ser dito para que a gente não torne essas situações normais. Eu queria reforçar que o clube vai trabalhar ainda mais para proteger os seus funcionários e que a torcida, mesmo que sofrida, mostre que é diferente. Mesmo nos momentos ruins em campo, somos capazes de dar um basta a essa cultura de agressividade. O ódio não vai vencer e nós faremos tudo para que não vença”, declarou.

Bruno Lopes foi contratado em junho de 2021 para comandar o time de transição do Bahia, mas com o fim da equipe sub-23, ele foi promovido a auxiliar do time principal. Nascido em Coimbra, o português tem Licença A da Uefa, dirigiu o sub-23 do Portimonense, famoso na Europa pelo trabalho no futebol de base, entre 2018 e 2020. No período, chegou a atuar como interino do elenco principal, acumulando também as funções de analista de desempenho e observador técnico do clube. Também trabalhou no País de Gales, no Reino Unido, além de clubes dos Estados Unidos e Singapura.

Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

Deixe seu comentário