Com passagens recentes por Bahia e Fluminense, o técnico Roger Machado acertou seu retorno ao Grêmio, clube onde é considerado ídolo nos tempos de jogador, sendo multicampeão pelo clube nos anos 1990, e também comandou a equipe. O treinador foi apresentado na manhã desta terça-feira e concedeu entrevista coletiva no CT Luiz Carvalho. Ele retorna cinco anos e cinco meses depois no lugar de Vagner Mancini, demitido na segunda-feira. Aos 46 anos, Roger afirmou estar feliz por “voltar para casa”.
“Confesso que desejei muito esse momento e o clube sempre esteve entre minhas prioridades. São 30 anos de futebol e quase 20 ligados ao clube. O momento é especial, de retorno. Cinco anos depois de ter saído e quase sete depois de ter chegado. Mais experiente e pronto para contribuir com o clube. Seremos muito felizes por estes anos. Vamos precisar contar com o torcedor, que é envolvido com o clube. É um momento muito feliz da minha trajetória e voltar para casa é muito bom”, afirmou o técnico.
Roger se diz mais maduro e preparado para buscar o acesso com o Grêmio. “Me tornei mais velho, muitos cabelos brancos a mais, de óculos. Com muitas experiências acumuladas. As experiências e ideias continuam em transformação porque o futebol muda rápido com relação ao que está sendo feito. Mas o futebol na sua essência é o mesmo. Competitivo e que represente o torcedor dentro de campo. Essa sinergia é que é a fórmula para o sucesso de uma equipe bem organizada. Sete anos depois da minha chegada eu retorno ao clube. Em vivências, experiências, mais maduro e melhor preparado para enfrentar esse momento do clube.”
Ele também falou sobre o fardo de disputar uma Série B. “No futebol brasileiro de modo geral, os insucessos são cumulativos e retroativos. É inevitável carregar o insucesso de uma temporada anterior para a que está começando. Os jogadores sofrem, a direção e o treinador herdam essa necessidade de todo jogo provar depois de um ano de insucesso. A torcida não é apenas comparada ao seu amor ao clube pelo número de torcedores espalhados, mas também pelo seu envolvimento com o clube. No momento que mais precisou do torcedor, ele sempre esteve presente. Retornar ao clube pelo trabalho bem realizado em 2016 gera expectativa. Mas se não corresponder vai haver cobrança. Mas o torcedor é inteligente e entende o momento do clube. Vai cobrar, mas vai estender a mão. Eu organizando o time daqui e o torcedor empurrando o time. Essa energia é retroalimentada”.
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