Nesta sexta-feira (04), será realizada uma reunião virtual entre a Confederação Brasileira de Futebol e os clubes da Série C do Brasileiro para definir o formato de disputa da competição, que pode adotar o modelo 100% em pontos corridos. A proposta que tem maioria dos clubes atualmente muda o formato original, de dois grupos regionalizados. Isso porque dificilmente haverá consenso nesse ponto, com 13 times das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste e apenas sete do eixo Sul-Sudeste.
“É uma questão meramente financeira. Não dá para viajar mais sem uma contrapartida da CBF. Precisamos de patrocinadores para investir nesse formato. Fizemos um levantamento, e só para logística da própria CBF serão necessários R$ 8 milhões a mais do que foi em 2021”, explicou o presidente do Botafogo-PB, Alexandre Cavalcanti.
O presidente do Botafogo-PB defende a manutenção da fórmula do ano passado: dois grupos de 10 clubes, com os quatro primeiros colocados avançando para a segunda fase. O Vitória também votou pela manutenção do formato.
“Veja bem, não somos contrários aos pontos corridos. Mas é preciso fazer as contas, termos um aporte para bancar viagens mais longas. Uma coisa é jogar em Natal, em Campina Grande ou Salvador. Outra é ir para o interior de São Paulo ou do Rio Grande do Sul. E vice-versa. Vale para os clubes de lá também. Agora, se houver viabilidade econômica, não é problema.”, finalizou Alexandre Cavalcanti.
A mudança seria para o formato de pontos corridos com apenas um turno. Ou seja, os 20 times jogariam entre si apenas uma vez. A partir daí, existe a possibilidade de uma segunda fase, reunindo os oito melhores times. Nesse caso, seriam dois quadrangulares ou mata-matas simples até a decisão. Nos dois casos, o calendário não sofreria mudanças radicais — 27 ou 25 rodadas, respectivamente. A CBF reservou 26 datas para a Série C deste ano, e um ajuste não traria maiores dores de cabeça.
Segundo informação do “ge”, na primeira reunião, o equilíbrio prevaleceu: 10 votos para a proposta de pontos corridos e 10 para a manutenção da fórmula do ano passado, com grupos regionalizados. Mas a balança pendeu para um lado depois que Volta Redonda e Botafogo-SP, que encabeçam o movimento de pontos corridos, conseguiram trazer a Aparecidense para o seu lado.
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