Dupla cearense e outros oito clubes da Série A criam o grupo “Forte Futebol”

Ceará, Fortaleza, América-MG, Atlético-GO, Athletico-PR, Avaí, Coritiba, Cuiabá, Goiás e Juventude objetivam fazer análises e soluções sobre assuntos referentes ao futuro do futebol nacional

Dez clubes da Série A do Campeonato Brasileiro divulgaram a formação do grupo “Forte Futebol”, nesta quarta-feira (16). A proposta do coletivo é analisar e responder, de modo harmônico, questões referentes ao futuro do futebol nacional. De acordo com as agremiações, “o grupo é aberto, sem sócios fundadores, em que todos os participantes terão voz”.

 

No âmbito regional, somente Ceará e Fortaleza representam inicialmente a cúpula. Além da dupla cearense, o “Forte Futebol” é integrado por: América-MG, Atlético-GO, Athletico-PR, Avaí, Coritiba, Cuiabá, Goiás e Juventude.

“Com as novas possibilidades de investimentos, tanto nos clubes brasileiros como também nas competições, têm surgido interessados no mercado dispostos a gerir e administrar uma Liga de Clubes no país. Um assunto que nós já vínhamos há alguns anos trazendo ao debate e buscando a adesão de todos. Como nunca tivemos uma instituição de classe forte e unificada, não foi possível”, diz trecho da nota da fundação do grupo.

“Agora temos um novo cenário, e novos e velhos “atores” querendo entrar em cena. Grupos, empresas, brokers e outros. Mas para se construir algo sólido, é preciso conhecer melhor o terreno. Quanto mais informação, melhor. Os clubes brasileiros, que são os principais interessados em participar de uma liga forte, devem se unir”, comunica outro trecho da nota.

Em suma, o objetivo dos dez clubes é ter know-how de análise e comparar as propostas em debate com os modelos de competições realizadas no mundo. A ideia do grupo é empoderar a voz das equipes.

Marcelo Paz, presidente do Fortaleza, comentou. “Esse grupo foi criado com a intenção no momento efervescente do futebol brasileiro, de possibilidade de criação de liga, de recursos internacionais para compra de direitos comerciais. Esses clubes entenderam que podem decidir juntos de forma uníssona, entendendo que todos são iguais, nenhum é maior que o outro. As decisões serão coletivas. Os valores possíveis de qualquer negociação como essa devem ser iguais para os clubes e não pode haver uma diferença muito grande, como historicamente teve em outros momentos em que alguns clubes foram mais beneficiados em divisão de direitos de transmissão e propriedades comerciais.”

 

Autor(a)

Pedro Moraes

Jornalista, formado pela Universidade Salvador (Unifacs). Possui passagens em vários ramos da comunicação, com destaques para impresso, sites e agências de Salvador e São Paulo. Contato: pedrohmoraessjorn@gmail.com

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