O presidente Guilherme Bellintani terá um grande desafio em 2022: recolocar o Esporte Clube Bahia na elite do futebol nacional. E a missão não será das mais fáceis, principalmente com a redução no orçamento, que gera impacto em todas as áreas do clube. Uma delas é na composição da diretoria de futebol, que tinha apenas Diego Cerri, demitido em 2020. Em 2021, o Esquadrão trouxe Lucas Drubscky e Júnior Chávare, executivo e gerente de futebol, mas ambos foram demitidos após o descenso, e para 2022, o Tricolor deve voltar a ter apenas um diretor de futebol por conta da redução de custos.
No elenco, também teremos mudanças, com as saídas de jogadores importantes, caso do atacante Gilberto que tem contrato até o dia 31 de dezembro e tem propostas de clubes da Série A e do exterior, além do zagueiro Germán Conti, emprestado pelo Benfica, também não deve permanecer. O Esquadrão teria que desembolsar 2 milhões de euros por 50% do passe. Índio Ramírez, emprestado pelo Atlético Nacional, também tem contrato encerrando, e está na mira do Fluminense. Matheus Bahia tem proposta de clube do Club Brugge, da Bélgica, e pode ser negociado. Rodallega é alvo do Millionarios, da Colômbia. Até aqui, apenas Nino e Danilo Fernandes renovaram. Juninho Capixaba retornou ao Grêmio.
A continuidade do projeto sub-23 também é uma incógnita. Nos últimos anos, o Bahia utilizou a equipe de transição no Campeonato Baiano, no entanto, além da necessidade em reduzir gastos, o calendário de 2022 terá menos compromissos para o Esquadrão, afinal, disputará quatro competições: Baiano, Copa do Nordeste, Copa do Brasil e Série B. Em 2021, o Tricolor figurou entre os clubes com mais partidas, visto que também disputou a Sul-Americana.
Esta semana, o Bahia anunciou que estima uma redução de 50% nas receitas para o próximo ano. Em 2021, o orçamento previsto foi de R$ 171 milhões disputando Baianão, Copa do Nordeste, Copa do Brasil, Sul-Americana e Série A. Portanto, o orçamento previsto seria de R$ 85,5 milhões. Vale destacar que a diretoria deve apresentar o orçamento ao Conselho Deliberativo e aos sócios nos próximos dias. A nova política de gastos também resultou na suspensão do futebol feminino, que retornará apenas em abril.
Além da questão financeira, a Série B de 2022 promete ser a mais difícil da história. A segundona do próximo ano terá um recorde de campeões brasileiros, reunindo 14 títulos. O Grêmio e Bahia somam dois títulos da Série A. O Sport, um. Estes se juntam a Vasco e Cruzeiro (quatro títulos) e Guarani (um), que não conseguiram subir. Além dessas equipes apontadas como candidatas ao acesso, outros times sempre dão trabalho e vêm brigando pelo acesso nos últimos anos, casos dos alagoanos CSA e CRB. O Cruzeiro, que nas edições 2020 e 2021 lutou na parte de baixo, chega forte para 2022 com o investimento de Ronaldo Fenômeno, que comprou a Raposa por R$ 400 milhões.
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