Guto critica arbitragem e diz que atraso no intervalo foi uma forma de protesto

"A gente sempre defendeu o vídeo para moralizar o futebol", disse.

Foto: Felipe Oliveira / EC Bahia

O Esporte Clube Bahia deixou o campo pelo terceiro jogo seguido revoltado com a arbitragem. O Esquadrão perdeu para o Flamengo por 3 a 0 no Maracanã, pela 31ª rodada do Brasileirão. No 1º tempo, a bola tocou no peito do zagueiro Conti dentro da área. O árbitro marcou o pênalti, mas foi chamado pelo VAR, e mesmo revendo o lance, manteve a penalidade convertida por Gabigol. Michael e Andreas marcaram os outros gols. Após o jogo, o técnico Guto Ferreira não poupou críticas ao árbitro Vinicius Gonçalves Dias Araújo, de São Paulo.

 

“A gente sempre defendeu o vídeo para moralizar o futebol, melhorar a qualidade, mas estão desvirtuando tudo. Errar um lance com a bola andando é uma situação. Errar com vídeo e interpretar como você quer? O problema é que contra o Bahia não foi uma vez. Nos três últimos jogos o VAR disse uma coisa e o árbitro disse outra. O clube vai até a comissão de arbitragem e só vem desculpinhas esfarrapadas, que não resolvem nada! Até quando? Nós temos família para criar, velho. Quem se ferra depois são os profissionais envolvidos! Quem não consegue desenvolver o trabalho são a comissão técnica e jogadores. Muitas vezes o cara erra e é promovido a apitar final de Série D, grandes jogos de Série A, Série B e eles não têm que ir pro microfone. São protegidos. Nós precisamos de lisura! Nós precisamos de lisura”, pontuou.

No segundo tempo, os jogadores atrasaram para voltar ao campo, e o Bahia confirmou que cogitou não retornar. Segundo Guto, foi uma forma de demonstrar repúdio.

“Indignação total. A gente precisava fazer alguma coisa. O atraso foi uma forma de protesto. Manter o equilíbrio porque o jogo seguia e a gente tinha condições de buscar alguma coisa. Foi o que fizemos, a gente começou bem o segundo tempo. Na minha concepção, o Matheus Bahia não fez falta para o segundo cartão. Houve uma intervenção lateral, uma disputa de bola. Aí perdemos mais um jogador, não bastando a situação do pênalti. A expulsão do Rossi já é outra situação”, destacou.

Com o revés, o Bahia segue com 36 pontos na 16ª colocação, mas agora apenas três pontos acima da zona de rebaixamento, que tem o Juventude em 17º com 33 pontos e um jogo a menos.

 

Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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