O Esporte Clube Bahia foi superior ao Fortaleza neste sábado, criou as melhores chances e tinha tudo para sair vencedor já no tempo normal, porém, quis o destino que a partida terminasse no 0 a 0 e fosse para a disputa por pênaltis, para fazer do goleiro Matheus Teixeira o grande herói, no seu primeiro jogo pelo time principal e logo numa decisão, substituindo Douglas, que foi destaque porque testou positivo para Covid-19. Teixeira, de 22 anos, que faz parte do time de transição, defendeu dois pênaltis e garantiu o triunfo tricolor por 4 a 2. Após a partida, o técnico Dado Cavalcanti falou sobre a escolha pelo arqueiro, afirmou que o Bahia poderia ter vencido nos 90 minutos, mas acredita que estava escrito.
“O fato dele estar atuando na equipe de transição nos deu tranquilidade para colocá-lo em campo. Esse talvez seja um dos trunfos do Bahia ter a equipe de transição atuando. Algumas pessoas internas pensam que o fato de jogar na equipe de transição traz algum tipo de escanteamento ou demérito, mas eu entendo justamente o contrário. Os jogadores que estão jogando lá, tem muito mais condição de jogar aqui por estarem em ritmo, atuando em momento competitivo.”, disse.
“Estava escrito. Era para ser assim, era para o Teixeira pegar os dois pênaltis e sair com essa glória. Lógico que queríamos vencer antes, fizemos por onde, mas não deu, faltou um pouquinho de capricho nas chances que criamos. Faz parte, porque também chegamos com muito mais moral para essa final”, finalizou Dado.
O Bahia vai enfrentar o Ceará, com o primeiro jogo em Salvador e o segundo em Fortaleza. Será a terceira final entre os dois times, sendo que em 2015 e 2020, o Vozão levou a melhor. Dado celebrou muito a classificação e afirmou que os dois times chegaram com merecimento.
“Primeiro é uma alegria chegarmos na final. Tantos adversários pela frente e agora restam apenas duas equipes que demonstraram sua qualidade ao longo campeonato e tem o merecimento de estarem fazendo a final. O primeiro sentimento é de alegria e ao mesmo tempo motivante para dar sequência ao trabalho e que desta vez o troféu fique em Salvador”, declarou.
Dado também falou sobre a cera do Fortaleza. “O medo de perder foi do Fortaleza. Felipe Alves ficou com a bola nos pés quase três minutos, com medo de tomar gol. Nossa equipe teve as melhores chances, mais bolas, mais posse, todas as chances do jogo. E as trocas não permitiram o Bahia diminuir o ritmo à frente. Todas aconteceram por necessidades extremas, desgaste ou dores que atletas sentiram. Daniel pediu para sair, Thaciano, Patrick. Rossi começou a sentir cãibras. Todas as trocas aconteceram com solicitação física, pelo desgaste de viagem e jogos. Mas não perdemos ímpeto ofensivo, mesmo com trocas que aconteceram.”