Caso Ramírez: Bahia se pronuncia após arquivamento do inquérito

Na nota, Bahia afirma que se comportou em busca da verdade

Foto: Felipe Oliveira/EC Bahia

Nesta sexta-feira, após determinação do Ministério Público, foi arquivado o inquérito do suposto caso de injúria racial envolvendo o meia Ramírez, do Bahia, e o volante Gérson, do Flamengo. No jogo pela Série A, em dezembro de 2020, Gerson acusou o colombiano de falar “cala a boca, negro”, porém, nenhum jogador presente em campo ouviu a fala. O promotor de Justiça do MP do Rio, Alexandre Themístocles, relatou que Bruno Henrique e Natan disseram não ter ouvido a ofensa racista, assim como os membros da arbitragem e o então técnico do Bahia, Mano Menezes. O atleta colombiano afirmou ter sido: “juega rapido hermano”.

 

O promotor também cita laudo pericial – além recursos tecnológicos com as câmeras de campo – de perito oficial do Instituto de Criminalística Carlos Éboli, que “não indica a ocorrência da agressão verbal noticiada por Gerson Santos da Silva. A prova técnica tão somente degrava trecho de entrevista e diálogos entre o atleta Gerson e o treinador Luiz Antonio Venker Menezes”. Por meio de nota, o Esporte Clube Bahia se pronunciou sobre o arquivamento, frisou que “em todos os momentos do episódio, se comportou em busca da verdade, considerando a presunção de inocência do atleta e a necessidade de se produzir prova robusta e incontestável”. 

VEJA A NOTA ABAIXO

“O Esporte Clube Bahia vem a público registrar o arquivamento do inquérito instaurado em face do meia-atacante colombiano Índio Ramírez por parte da Justiça do Rio de Janeiro.

No dia 4 de fevereiro, divulgamos nota oficial em que afiançamos à torcida e à sociedade que a decisão da Polícia Civil havia sido “absolutamente despida de qualquer fundamentação probatória”. Agora, temos a notícia de que o próprio Ministério Público daquele Estado concordou.

No mesmo texto, escrevemos:

“Em todos os momentos do episódio, o Bahia se comportou em busca da verdade, considerando a presunção de inocência do atleta e a necessidade de se produzir prova robusta e incontestável. Sem a apresentação de fatos novos, a diretoria seguirá apoiando Ramírez e tem convicção de que será feita Justiça, ao tempo em que reafirma a sua posição de clube expoente da luta antirracista no futebol brasileiro”.

Com a situação resolvida tanto na esfera desportiva quanto criminal, onde foi acompanhado pelos advogados Cristiano Possidio e Milton Jordão, Juan Pablo dará continuidade à recuperação de sua cirurgia no joelho ainda mais tranquilo e determinado a voltar o quanto antes a defender o Esquadrão.”

Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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