Perícia contratada pelo Bahia afirma que Ramírez não cometeu ato de racismo

Perícia contratada pelo Bahia afirma que Ramírez não cometeu ato de racismo

Laudos contratados pelo Bahia afirmam que não houve racismo

O suposto caso de racismo, ocorrido no último domingo no jogo Flamengo 4 x 3 Bahia, ganhou um novo desdobramento na noite desta quarta-feira com a análise da perícia contratada pelo Esporte Clube Bahia que afirma não ter havido qualquer tipo de injúria racial do meia Juan Pablo Ramírez contra o atacante Bruno Henrique, analisando as imagens da partida. O colombiano, mesmo negando veementemente ter cometido qualquer ato de racismo no jogo, foi praticamente condenado pelo clube baiano com seu afastamento e o pronunciamento do presidente Guilherme Bellintani afirmando que acreditava nas palavras do volante do Flamengo, algo que irritou os torcedores do Bahia, que vêm protestando contra a atitude do mandatário e pedindo a reintegração do atleta.

 

A acusação do volante Gerson, diga-se, saiu um pouco do foco, afinal, nenhuma das inúmeras câmeras do Estádio do Maracanã conseguiram captar o ato denunciado pelo jogador. Com isso, o Flamengo partiu para outro jogador, Bruno Henrique, alegando que o mesmo também sofreu ofensa racista, ainda que o próprio jogador do Flamengo afirme que não ouviu ser chamado de “negro” por Ramírez. Após o Flamengo apresentar os seus laudos, o Esporte Clube Bahia fez o mesmo, contratando especialistas no assunto para apurar o caso, e os laudos apontam que o meia não chamou o atacante de “negro”. Um dos cinco especialistas procurados pelo Bahia, Eduardo Llanos explica a sequência de atos flagrados no vídeo.

VEJA ABAIXO A ANÁLISE DOS ESPECIALISTAS

“Após o conhecimento do vídeo, nós procuramos o Ramírez. Ele viu o vídeo e foi taxativo na hora em que viu o vídeo. Ele diz: “tá quanto? tá quanto?”. Isso foi o que o Ramírez disse quando viu o seu próprio vídeo. Mandamos para um pessoa nos auxiliar aqui em Salvador. Ele nos confirmou que a expressão era “tá quanto?”, “tá quanto?””

“Incialmente nós conseguimos ver que ele (Bruno Henrique) fala para Ramírez: “arrombado” e depois “gringo de m…”. A palavra “arrombado” também é utilizada em cima do outro jogador (Daniel) do mesmo time do Ramírez. Posteriormente, na sequência, quando vem aquela conduta de ambos os jogadores, Ramírez pergunta: “qué pasó?”. Que é o mesmo que perguntar qual é o problema, o que você está querendo. “Qué pasó” é chamar para a briga.”

“Com a mão, ele faz o gesto, que significa que você é um fanfarrão, um falador, você fala o que não sabe, o que não conhece. Para irritar o jogador. E posteriormente, ele fala “tá quanto?”, “tá quanto?”, separado. A palavra correta seria “está quanto”” afirma o especialista.

“”Tá quanto?” significa provocar o jogador do outro time: abre os seus olhos, o placar está favorável para nós, e não para vocês. Por isso ele falou “tá quanto?” Ou seja, veja quem está ganhando, você está perdendo. E com isso irritar e deixar ele prejudicado para continuar jogando concentrado, que é que mais necessita um jogador de futebol.”

“Junto com a fonoaudióloga forense, que é especialista em leitura labial, foi constatado tecnicamente que não existe a palavra negro em nenhuma das frases faladas pelo Ramírez na discussão. Não existe. O que acontece é que você observa a forma de colocar os lábios, a projeção da boca, tudo isso vai entregar uma palavra similar ou uma que você precisa encontrar. Mas não tem indícios de ele ter falado essa palavra. A palavra negro não existe em nenhuma palavra emitida pelo jogador.”

Deixe seu comentário

Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: futebolbahiano2007@gmail.com



WP2Social Auto Publish Powered By : XYZScripts.com