Nos últimos dias, vem acontecendo uma mobilização do Flamengo junto com o prefeito Marcelo Crivella e a Federação do Rio de Janeiro para retornar o público aos estádios. A Ferj e a Prefeitura do Rio, inclusive, anunciaram que o jogo do dia 4 de outubro, entre Flamengo e Athletico, já terá a venda de ingressos, inicialmente com 30% da carga do Maracanã, que corresponde a 20 mil pessoas. A prefeitura informou que a abertura do Maracanã será um teste para a volta dos torcedores também aos outros estádios, como o Engenhão e São Januário. As vendas dos ingressos para os jogos no Maracanã deverão ser feitas pela internet para evitar filas e aglomeração.
Apesar do anúncio da volta do público, a CBF, no entanto, ainda não se pronunciou sobre o caso. Dirigentes de Corinthians, Botafogo, Fluminense, Grêmio, Internacional, Palmeiras, Santos e Vasco se posicionaram contra o retorno do público somente no Rio de Janeiro. O presidente do Esporte Clube Bahia, Guilherme Bellintani, afirmou que só defende o retorno do público de maneira uniforme, para todos os clubes de uma só vez, sem beneficiar nenhum, e quando houver liberação das autoridade de saúde. Andrés Sanhez, presidente do Corinthians, ameaçou até não entrar em campo caso seja liberado torcida apenas em território carioca.
Após a repercussão, a Confederação Brasileira de Futebol entrou em contato com alguns clubes nas últimas horas para mostrar a intenção de marcar uma reunião de urgência para tratar da volta de público aos estádios, de acordo com informação do portal UOL. A maioria dos clubes pede que as autoridades de saúde sejam ouvidas e aprovem um protocolo de retorno antes que a decisão seja tomada pela CBF, pelas federações ou diretamente pelos times.
Há uma corrente, inclusive dentro da CBF, que sugere a volta do público apenas para novembro caso o número de casos de infectados pelo coronavírus continue diminuindo até lá. A volta de público para os estádios é uma medida essencial para estancar o prejuízo dos clubes com a realização de jogos com portões fechados. Até a 9ª rodada, os clubes do Rio de Janeiro lideravam com folga o ranking de despesas.