Se houvesse torcida no estádio, Bahia e Palmeiras seria o jogo ideal para pedir a cabeça de Roger Carvalho. O time vinha de uma derrota vexaminosa, uma lentidão assustadora, a insistência do treinador com o jogador inútil que ele ama e pra piorar, o inútil do Seu Craysson, ainda ameaçou um torcedor nas redes sociais. Do outro lado, um Palmeiras que vinha de dois triunfos, o último num clássico contra o Santos e com o pofexô querendo encostar no líder. Nem vou falar no tabivis contra os paulistas. Mas vamos ao jogo.
Com essa mizéra de pandemia, eu perdi o que eu mais gostava, que era a resenha de Fonte Nova. Então liguei pra duas pessoas pra ver se eu tinha visto outro jogo. Porque apesar de ver um futebol fraquíssimo e sonolento do primeiro tempo, consegui enxergar algumas melhoras.
A zaga se comportou muito melhor hoje, e por motivos óbvios. Nino, Lucas, Juninho e Capixaba é o melhor que temos para a zaga Tricolor, além é claro, deles contarem com a liderança em campo que Lucas exerce, ainda que muito calado pro meu gosto.
“O time não empolga, Élber parece estar drogado, Gilberto não fez nada e Rodriguinho só apareceu em lances pontuais’. E nisso concordo plenamente com a torcedora Ana Raposo. Mas vejo também que hoje o time tentou jogar futebol, tentou criar jogadas e Roger acertou na escalação e foi até ousado, colocando Daniel como segundo volante. Mas aí vem a corneta pós-resultado: se Ronaldo é do Flamengo e Gregore toma cartão todo jogo, por quê colocou ele no campo hoje e não Ronaldo? Assim teríamos Gregore contra o Flamengo e agora não sofreremos com Hleton… Mas vamos lá.
O Palmeiras veio achando que venceria o Bahia quando quisesse. mas viu suas expectativas virarem uma dura realidade. O Palmeiras não conseguiu entrar na zaga Tricolor, no primeiro tempo. E na mediocridade técnica da primeira etapa, o Bahia se equiparou ao Palestra.
Futebol só no segundo tempo
No segundo tempo parecia que o jogo iria engrenar. Os dois times começam a acertar os passes, e finalmente os ataques começaram a incomodar os goleiros. E o Bahia faz uma jogada perfeita. Enfiada de bola de Rodriguinho, cruzamento perfeito de Rossi, peixinho lindo de Gilberto, murro na mesa, derramei o café e a mizéra da bandeira subiu. Quando finalmente vimos futebol, estava impedido.
Wanderley coloca Zé Rafael, Scarpa, Wesley e Ramirez, olha a qualidade do BANCO do Palmeiras. Roger sentiu a maldade e também muda, tirando Rossi para entrada do volante Ronaldo. Praticamente no lance seguinte, Zé Rafael rouba a bola, começa o contra-ataque, corre pra área nas costas da zaga e chega sozinho para abrir o placar. 0x1 pros caras.
Foi um balde de água fria na pequena esperança que ainda tinha no famoso gude-preso Tricolor. Mas, como dizia William Shakespeare: o Bahia é um eterno gol de Raudinei. Roger coloca Saldanha para fazer fumaça, Clayson pra irritar a torcida e Marco Antônio pra queimar a língua dele.
Num lance pedido insistentemente pelo agora aposentado Ruy Cerqueira, o Bahia faz o óbvio: joga bola na área no bufobufo e reza. E deu certo. No último lance do jogo, vem o empate, do pé direito do único jogador que Roger teve coragem de criticar no jogo passado, mesmo ele nem tendo ido ao banco. 1×1
Bora Baêa Minha Porra!
Roger se safou com o empate. Eu ainda tô pirado, menos que antes, mas o time voltou a mostrar os mesmos erros. A esperança maior veio na fala do presidente: “vocês querem que eu traga quem?”
Faltou alguém da torcida dizer: Pra que porra você paga o DADE?
Mas segue o barco, estamos temporariamente em 7º e arrancamos um ponto num erro improvável. Que venha o Flamengo, e vamos pra cima.,,