Dirigente sugere integrar clubes da Copa Verde na Copa do Nordeste

Vice-presidente da Liga do Nordeste sugeriu a ideia em live no Youtube

No longínquo ano de 1968, aconteceu a primeira edição do Torneio Norte-Nordeste, que reunia campeões e vices de diversos estados dessas regiões, porém, durou pouco tempo. Em 1968 e 1969, foi disputado exclusivamente pelo campeão do Torneio do Norte e do Torneio do Nordeste. Sport e Ceará foram os campeões. Em 1970, a fase final do torneio foi disputado num quadrangular envolvendo quatro clubes. O Fortaleza levantou a taça. Em 1971, com o início da Segunda Divisão do Brasileiro, que foi organizada pela Confederação Brasileira de Desportos (CBD), a quarta edição do torneio acabou sendo realizada como uma fase regional da Série B de 71 e ficando conhecido como Taça Norte–Nordeste, dando ao seu vencedor (Remo, de Belém do Pará) o direito de disputar a primeira final nacional da Segunda Divisão.

 

Outras competições também foram criadas para reunir os campeões das duas regiões, como o Torneio dos Campeões do Norte–Nordeste, entre outros que não vingaram. Em 2016, a Liga do Nordeste promoveu o Troféu Asa Branca, porém, reunia o campeão da Copa do Nordeste (em 2015 foi o Ceará superando o Bahia) contra o Flamengo que entrou na jogada como um simples convidado. Esse formato não agradou muito, então a partir de 2017, a Liga do Nordeste passou a realizar a competição com os campeões da Copa do Nordeste e Copa Verde e alterou o nome para Taça Asa Branca. No entanto, apenas uma edição foi realizada: 2017. O Santa Cruz venceu o Paysandu.

No mês passado, em uma live no canal do YouTube da Pluri Consultoria, o vice-presidente da Liga do Nordeste, Constantino Júnior, disse que vê com bons olhos clubes que hoje disputam a Copa Verde serem integrados na disputa da Copa do Nordeste. Na opinião do cartola e também presidente do Santa Cruz, essa é uma ideia que precisa ser estudada e que abre possibilidades de crescimento para a competição regional. A Copa Verde é disputada por 24 equipes das regiões Norte, Centro-Oeste e do Espírito Santo, e tem como atual campeão o Cuiabá.

“É uma questão mercadológica. É claro que tem toda a questão da região. A geografia da CBF contemplava que Maranhão e Piauí faziam parte da região Norte, até pouco tempo atrás. As primeiras edições da Copa do Nordeste, até 2016, eram apenas com sete estados. Tivemos a inclusão de Maranhão e Piauí para totalizar os nove estados que fazem parte do mapa geográfico brasileiro”, disse Tininho, em uma live no canal do YouTube da Pluri Consultoria.

Na presença de Fábio Bentes e Luis Augusto Mitoso, presidentes de Remo e Manaus, respectivamente, Constantino disse que as equipes poderiam agregar valor ao Nordestão, além de despertar maior interesse de patrocinadores. Além dessas equipes, o dirigente também citou o Paysandu na conversa.

“Eu vejo com bons olhos, é só uma situação de a gente poder buscar um entendimento para a questão mercadológica. Por exemplo, hoje a gente consegue vender bem e a entrada de clubes de tradição aumenta o interesse de patrocinadores, você consegue deixar uma competição atrativa. É desenhar esse modelo para que a gente possa trazer e fazer essa inserção, eu não vejo dificuldade alguma. Agora, é uma situação para ser conversada também com as federações locais para que a gente consiga coincidir calendários e datas. Mas vejo com bons olhos, porque são clubes de tradição e que podem agregar muito valor à competição”, afirmou.

“Importante, eu vejo com bons olhos. Estamos falando de equipes tradicionais e a Copa do Nordeste se preocupa muito com isso, na questão de dar uma boa experiência para o torcedor. Nada acontece por acaso. Tivemos exemplos da primeira Liga, de competições que começavam e não terminavam. Ou a primeira liga não tinha a devida atenção, então não foi um trabalho que aconteceu por acaso. Foi um trabalho de muita doação para que a gente pudesse chegar a esse nível de respeitabilidade no mercado”, salientou.

“E olho com muito bons olhos a questão da organização associativa e também a entrada de clubes tradicionais, como Remo, Paysandu, o próprio Manaus. Time que coloca 45 mil pessoas numa arena certamente iria abrilhantar uma competição como essa. É uma questão para a gente conversar e trazer mais gente para esse bolo”, completou.

Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: [email protected]

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