Geninho diz que não esperava ser demitido do Vitória: ‘Fui pego de surpresa’

"Paulo entende como a melhor para o clube, só resta respeitar", disse

Foto: Reprodução/TV Bahia

Contratado em setembro de 2019 após demissão de Carlos Amadeu, o técnico Geninho chegou ao Esporte Clube Vitória com a missão de evitar o rebaixamento para Série C e alcançou o objetivo com antecedência, terminando a segunda divisão no 12º lugar. Em 2020, até paralisação, em 10 jogos, somou 4 vitórias, 5 empates e 1 derrota, 13 gols marcados e 6 sofridos. A única derrota foi para o Ceará, por 1 a 0, pelo jogo de ida da terceira fase da Copa do Brasil. Na Copa do Nordeste, o Leão está com um pé e meio na fase de quartas de final. Após sete primeiras rodadas, ainda está invicto, com 3 vitórias e 4 empates, ocupando a vice-liderança do Grupo B com os mesmos 13 pontos do Confiança-SE. Apesar do bom trabalho que vinha realizando, Geninho acabou sendo demitido na última sexta-feira (19).

 

Em nota, o Vitória afirmou que a demissão de Geninho se deu por conta da “busca incessante da direção atual do clube pelo equilíbrio financeiro diante da grave situação herdada de gestões anteriores, agravada com a considerável perda de receitas ocasionada pela pandemia do coronavírus”. Geninho confirma a justificativa dada pelo presidente rubro-negro. “A justificativa que me foi dada pelo Paulo é a situação financeira em que o Vitória se encontra no momento. Ele me relatou vária situações que o clube está atravessando, situações difíceis, que com a pandemia acabaram se agravando”, disse.

Porém, o treinador não esperava ser demitido do Vitória. Em vídeo enviado à TV Bahia, Geninho afirma que, entendendo a dificuldade financeira do clube no momento de pandemia, aceitou abrir mão de praticamente 90% do seu salário, mas foi pego de surpresa com o desligamento. Porém, respeita a decisão do presidente. O auxiliar Bruno Pivetti foi efetivado.

“Eu fui pego de surpresa. Sabia que o momento não era fácil, tanto que, nesse momento de pandemia, eu abri mão de grande parte do meu salário, praticamente 90%. Sabia que teríamos momentos difíceis pela frente, mas não esperava sair do clube, então fui pego de surpresa. Ele [Paulo Carneiro, presidente do Vitória] me disse que, realmente, meu salário seria muito pesado para o clube. Esse foi o argumento. Eu acabei entendendo a situação. É uma posição do clube, que o Paulo entende como a melhor para o clube, e a mim, só resta respeitar.”, disse.

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Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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