Fazendo um contraponto ao time de Bobô, esse é o meu 'Bahia dos Sonhos'

Fazendo um contraponto ao time de Bobô, esse é o meu ‘Bahia dos Sonhos’

Fazer o que com tanta "fera" que ficou fora da escalação?

Fazendo um contraponto ao time de Bobô, esse é o meu ‘Bahia dos Sonhos’
Foto: José Antônio Reis

Não é tarefa fácil para um torcedor escolher o seu time dos sonhos, principalmente, com relação ao Esporte Clube Bahia, um clube vitorioso que nasceu para vencer, com uma grande trajetória na conquista de importantes títulos. O Bahia já formou grandes equipes, fez grandes temporadas, já produziu vários ídolos, já conquistou um monte de títulos estaduais, vários títulos regionais, além de ser Bi-Campeão Brasileiro. Muitos tricolores entendem que a década de setenta se constituiu na década de ouro do Esquadrão, em função da hegemonia imposta, na época, ao Futebol Baiano, com a conquista sequencial do heptacampeonato, quando atuaram naquela ocasião, grandes jogadores de futebol que deixaram seu nome na gloriosa história do clube.

 

Tivemos na época, atletas de alto nível técnico, que marcaram época no clube e estavam aptos a jogar em outro qualquer grande clube do futebol brasileiro e aí, cito o saudoso argentino Cerlos Buttice, Luís Antônio, Perivaldo, Romero, Roberto Rebouças, Fito, Jorge Campos, Jésum, Washington Luís, Beijoca, Mickey, Natal, Picolé… Eram muitos jogadores de categoria, os quais, já citei alguns, mas, tenho certeza que já cometi injustiças e equívocos porque a memória é falível.

Naqueles anos setenta “anos dourados” do Bahia, não havia problemas de escassez de datas para a disputa do Campeonato Baiano, muito pelo contrário, havia data em profusão, haja vista que o certame estadual era disputado de fevereiro à setembro, ou seja, do Verão à Primavera, só era concluído após longo e tenebroso inverno, ficando os três últimos meses do ano, reservados para realização do certame nacional que, de 1967 à 1970, era denominado de Torneio Roberto Gomes Pedrosa; de 1971 à 1975, Taça de Prata e a partir de 1976, Campeonato Brasileiro. O fato é que, enquanto atualmente, são disponibilizadas 12 datas para realização do campeonato Baiano, naquela épica, a competição tinha mais turno e mais fase do que a lua e, para poder preencher o excesso de datas existentes, tinha que um monte de fases.

Embora reconheça que a década de setenta foi importante para o Bahia, tenho que reconhecer que a de oitenta, foi importantíssima, excepcional. Afinal de contas, ser campeão brasileiro, ou melhor, Bi-Campeão Brasileiro, não é para qualquer um, tem clube aí que se acha grande, mas, nunca conseguiu. Fiz questão de ocupar os parágrafos anteriores falando de grandes jogadores do Bahia que ajudaram à escrever a história do inédito e sequencial heptacampeonato, porque no “meu time dos sonhos”, obrigatoriamente, vou ter que escalar alguns deles e, excepcionalmente, um dos campeões da então Taça Brasil de 1959, o qual, não vi jogar naquele ano, mas, vi jogar posteriormente e, era tão bom, que foi cotado para ser convocado para atuar na Seleção Brasileira de 1962, enquanto que meu ala esquerdo, podem até achar estranho, mas, foi um jogador que deu o maior gás pra o Bahia subir em 2010, após passar sete anos fora da Série A.

Creio que, pela idade que tem o Raimundo Nonato Tavares da Silva, o nosso querido Bobô e, como na época, creio que ainda morava em Senhor do Bonfim e só acompanhava futebol pelo rádio, não chegou a acompanhar de perto, aquele momento mágico do Bahia e, como o Bobô não é bobo, além de ser boleiro, tratou de escalar “seu time dos sonhos”, utilizando 2/3 do time Bi-Campeão de 1988 num esquema 4-4-2: Ronaldo; Daniel Alves, João Marcelo, Claudia e Paulo Robson; Paulo Rodrigues, Douglas, Bobô e Zé Carlos; Charles e Beijoca.

Nada contra, mas, meu time dos sonhos, num esquema que sempre gostei, o 4-3-3, é o seguinte: Nadinho; Perivaldo, João Marcelo, Roberto Rebouças, Ávine; Paulo Rodrigues, Zé Carlos, Douglas; Bobô, Beijoca, Jésum. Infelizmente, só pode escalar os onze num time de futebol, fazer o que com tanta “fera” que ficou fora da escalação? O jeito foi deixá-los no banco de reservas.

#FiquemEmCasa

José Antônio Reis, torcedor do Bahia e colaborador do Futebol Bahiano.

 

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José Antônio Reis

Torcedor Raiz do Bahêa, aposentado, que sempre procura deixar de lado o clubismo e o coração, para analisar os fatos de acordo com a razão. BBMP!



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