Desde o último dia 6 de março, o ex-jogador Ronaldinho Gaúcho e seu irmão Assis estão presos na Agrupação Especializada da Polícia Nacional, em Assunção, no Paraguai, após terem entrado no país portando passaportes e cédulas de identidades adulterados. Nesta sexta, o Tribunal de Apelação negou o recurso interposto pelos advogados dos brasileiros e manteve os dois presos. Essa foi a terceira tentativa de recurso dos irmãos Assis. Na terça (10), Amarilla atendeu a contra-argumentação do Ministério Público e negou aos brasileiros a prisão domiciliar. O Ministério Público apontou que havia o risco de fuga dos brasileiros.
Em entrevista à rádio Ñanduti, o comissário Blas Vera, chefe do local, disse que o ex-atleta jogou uma partida de futebol na quadra da penitenciária. Circula na internet uma imagem que seria de Ronaldinho jogando na prisão. Durante a semana, foi bastante especulado que o ex-atleta participaria de um torneio de internos, cujo o prêmio seria um leitão, porém, por regra dos presos, ele não poderia marcar gols. No entanto, de acordo com o site Hoy, Ronaldinho marcou 5 gols e deu 6 assistências na goleada por 11 a 2 de seu time, que conquistou o título. A descrição da partida foi feita pelo jornalista Iván Leguizamón ao canal ABC TV. Melhor do mundo em 2004 e 2005, o craque tem no seu currículo títulos expressivos como Copa do Mundo, Champions League e Libertadores.
Além dos irmãos, há pelo menos 12 envolvidos no esquema, segundo o Ministério Público. Entre eles, funcionários do governo paraguaio e o empresário brasileiro Wilmondes Souza Lira, que teria apresentado a Ronaldinho e Assis a empresaria Dalia López, acusada de ter sido a responsável pela fabricação dos documentos falsos.
López é considerada foragida. Segundo o seu advogado, Marcos Estigarribia, ela está com problemas de saúde e deverá se apresentar na quarta-feira (18). Ronaldinho e Assis viajaram para o Paraguai convidados pela empresária para uma série de eventos. A paraguaia já era investigada em caso de lavagem de dinheiro no país.