O futebol brasileiro está carente de bons jogadores, jogadores cerebrais e a maioria dos clubes sofrem com a falta de atletas da posição de meia de armação e os que estão deveras “disponíveis” estão supervalorizados. A busca do E.C BAHIA deve ser feita com cautela ou não, e contratar jogadores que se equivalham, para que quando um se machucar ou for substituído, não haja uma perda significativa de qualidade e competitividade no rendimento da equipe. O mercado deve ser observado com cuidado e ousadia e eu me atrevo a dizer que na equipe de transição meias devem contratados e experimentados para caso haja necessidade, subam para a equipe principal. Que se contrate muitos meias de armação, novos ou mais experientes, famosos ou não, mas que se busque a qualidade e jogadores com o ímpeto de vestir a camisa do esquadrão.
Não se deve fechar os olhos para o mercado sul-americano jamais, pois jogadores como Otero, Cazares, Yony González, Carlos Sánchez, Soteldo que chegaram aos seus clubes com valores abaixo do que é pedido no futebol brasileiro, e deram certo, pois não se subestimou o mercado da América do Sul.
Reitero, jogadores colombianos, da Venezuela, do Uruguai, da Argentina, do Chile hoje se encontram em um nível de competição parelho ao que é realizado no Brasil. Os jogadores desses locais, em geral, competem de modo mais intenso do que os brasileiros, pois assim equilibram possíveis disparidades técnicas com vontade, coisa que falta por muitas vezes nas nossas equipes ao disputar as partidas, e além disso recebem salários muito menores do que os que são pagos aqui no Brasil.
Fato é que o E.C BAHIA deve investir em meias e o técnico Roger tem de usar esses caras com a coragem de revelar possíveis nomes do time de transição para atuar no profissional e promover uma constante disputa pela posição. Mesmo se chegar o badalado Thiago Galhardo para o time, que fez uma temporada boa no time do Ceará, não pode ser titular pelo que fez em 2019, mas tem que provar em campo com as cores do nosso clube.
Não sei como o DADE está se movimentando e sei que é difícil competir com os times que tem um investimento maior que o do Bahia, sem contar a famigerada questão do preconceito geográfico que existe no mundo do futebol como há e todos nós sabemos. Por isso, é preciso tomar o cuidado de não trazer atletas como o meia Guilherme, que mostrou todo o desprezo ao jogar pelo Esquadrão, desrespeitando nossas cores, além dos lentos e desinteressados Guerra e Shaylon. O perfil do atleta tem que ser o meia moderno, com caráter acima de tudo, para que não haja, no meio do campeonato, como houve esse ano e toda a torcida sabe, esse “declínio técnico” que aconteceu em 2019.
Nosso ano 2020 espero eu que o Bahia saiba jogar com a bola nos pés, que saiba agredir o adversário, amassar o outro time e tramar jogadas ofensivas sem depender do que o adversário tente ou não, ou seja, o clube tem que se impor em campo contra quem quer que seja e onde quer que jogue e seguir o que o técnico Roger sempre prezou, um jogo fluido e impositivo. O trabalho é longo e os resultados virão com a continuidade.
Diego Campos, torcedor do Bahia e colaborador do Futebol Bahiano.