A derrota para o Goiás fora de casa, deu novo capítulo a queda latente de desempenho do Bahia dentro das quadro linhas, só que agora com chances remotas de classificação para Copa Libertadores, depois de 30 anos. Se por um lado o torcedor do Esporte Clube Bahia afirma que o clube é grande, fica contente pelo fato da agremiação não está lutando na zona de rebaixamento. Ora, não adianta dizer para si mesmo que o tricolor é grande e aceitar migalhas, como comemorar o fato de permanecer na Série A.
Até a 21ª rodada estávamos brigando no G6, mas aí vieram um festival de resultados negativos. Perdemos de virada vários jogos, deixamos de ser criativos, erramos muito passes, não conseguimos implantar contra-ataques ágeis, perdemos muitos gols. Se o Bahia não mudar de postura rapidamente, corremos sério risco de perder uma vaga na Copa Sul-Americana, o que seria desastroso, levando em consideração o primeiro turno.
Semana passada, a diretoria divulgou uma palestra sobre ações afirmativas, envolvendo diversos colaboradores do clube. Foi um sinal claro de que a gestão de Guilherme Bellintani perdeu o foco. Tinha que ser uma palestra envolvendo todo o departamento de futebol para tratar de futebol, como alavancar performance diante um momento de baixa produção. Este clube deveria respirar futebol 24h por dia e não atender interesses individuais do seu comandante.
Mas ao invés disso, o presidente insiste em dar asas ao projeto político-eleitoral, no âmbito de abocanhar capilaridade, fazendo do clube de trampolim, ou será que isso não é visível até mesmo entre os que adoram bajular a diretoria? Temos um complexo vira-lata de dizer amém aos nossos gestores. O presidente está numa posição muito confortável porque sabe que sua boa gestão no primeiro semestre tem rechaçado qualquer crítica, até quando?
Claro que a arbitragem nos prejudicou em vários jogos, claro que os jogadores estão desmotivados e Roger fez milagre com esse limitadíssimo elenco. Não condizente com o orçamento do clube, o maior da história. Temos que começar a parar com esse oba oba, cobrar do conselho deliberativo ações enérgicas junto a diretoria para recuperamos terreno antes que seja tarde demais.
Luigi Bispo, 31 anos, Tecnólogo em Processos Gerenciais, Especialista em Gestão Esportiva e MBA em Gestão Executiva e Liderança Estratégica.
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