Mais uma vez o técnico Roger Machado compareceu a entrevista coletiva pós-jogo para tentar explicar uma atuação apática do time do Esporte Clube Bahia que assim como no jogo contra o Ceará, não jogou bem e acabou sendo derrotado neste sábado pelo Internacional por 3 a 2 na Arena Fonte Nova, completando quatro jogos seguidos sem vencer em Salvador no Campeonato Brasileiro. Para o treinador, a ansiedade pela oportunidade de entrar no G-6 atrapalhou a equipe em campo, além também da necessidade de conquistar os resultados. O comandante destacou que não pode pensar em classificar para Libertadores se não conquistar os pontos necessários para se manter na primeira divisão.
“Talvez pela ansiedade de estar beirando uma colocação no G-6. A ansiedade de conseguir os resultados, principalmente esses que deixamos dentro de casa. Dentro de casa, naturalmente, tu tem que se abrir um pouco mais. Em outros momentos dentro de casa, nós jogamos esperando o adversário, porque o momento permitia que fizéssemos isso. O ambiente do jogo e a atmosfera da arquibancada nos empurra para o ataque e aí você vai permitir espaço pra o adversário.
“O que tenho dito para os atletas é que a gente não pode permitir, mesmo com toda motivação externa, é que a gente perca nossos horizontes, não pode pensar em classificar para a Libertadores se não conquistamos bem os pontos mínimos para a manutenção na Primeira Divisão. Tem que saber lidar com essa ansiedade. A partir de agora que a gente vê quem tem o estofo para aguentar esse momento de instabilidade que vai passar”
Perguntado sobre as vaias da torcida, principalmente direcionadas ao meia Alejandro Guerra, o treinador avaliou: “Uma derrota em casa, quem se salvou das vaias? O treinador foi vaiado, substituições são vaiadas, atleta que erra é vaiado. Tenho para mim que a vaia nunca é algo bom. Mas o torcedor entende por se manifestar contra o seu atleta. A gente tem que ter a tranquilidade para não modificar e não permitir que isso te tire do prumo. Ali foi um erro duplo. De um passe por dentro e de um atleta que não estava concentrado completamente e foi antecipado. Não vai se salvar ninguém nesse momento. Atleta tem que ter discernimento, saber que vai ser pressionado, que vão ser vaiados. Essa é a nossa rotina. Quando a coisa vai mal, todo mundo vai sofrer as consequências do estádio que não está gostando”
Após dois jogos e duas derrotas em Salvador (Ceará e Internacional), o Esporte Clube Bahia tentará recuperar os pontos perdidos agora atuando fora de casa. Serão dois jogos como visitante, primeiro na quinta-feira, dia 31, enfrentando o Santos de Jorge Sampaoli, às 19h15, na Vila Belmiro. Depois viaja até Belo Horizonte (MG) para encarar o desesperado Cruzeiro, domingo (03/11), às 19h, no Mineirão.
“Agora a gente sai para dois momentos fora de casa. Fora de casa estamos tendo bom retrospecto. A gente precisa manter para recuperar os pontos que estamos perdendo em casa. Alguns jogadores oscilando, porém nesses momentos de ansiedade, tu vai falhar um pouco mais. Saí muito frustrado, o torcedor também, acho que o torcedor sai pouco frustrado porque não faltou empenho, não faltou transpiração. O que tivemos foi baixo nível técnico de alguns”