Principal revelação do Esporte Clube Bahia na atualidade, o meia Eric Ramires mais uma vez chama atenção no cenário nacional e internacional. No futebol brasileiro, a bola da vez é o Flamengo, que tem grande interesse na contratação do jogador, notícia que surgiu dias após o jovem ter sido observado pelo Arsenal. O dilema da diretoria é que dificilmente um time internacional pagará o que se pede pelo jogador, que ainda nem completou um ano de profissional. Já uma eventual venda para o Flamengo pode render ganhos futuros ainda maiores para o Esquadrão, segurando uma parte dos direitos econômicos e lucrando com uma futura venda ao mercado europeu.
Infelizmente, é comum que os times do Nordeste não consigam vender seus jogadores para os maiores times da Europa, no máximo os de Portugal. Eric Ramires tem tudo para ser a maior venda de um time nordestino na história. E, por saber disso, o tricolor está batendo o pé na venda, mesmo sabendo que dificilmente negociará por € 10 milhões (R$43 milhões).
As cinco maiores vendas do futebol nordestino foram feitas pela dupla BA-VI. A maior delas, o meia Zé Rafael, vendido pelo Bahia ao Palmeiras no final do ano passado, por exatos R$ 14,5 milhões, sendo este valor o embolsado pelo Esquadrão. O clube paulista ainda desembolsou mais R$ 3 milhões para ficar com outra parte dos direitos que pertencia ao Coritiba.
Das cinco maiores vendas, três foram do Bahia. Além de Zé Rafael, já citado acima, tivemos o volante Bruno Paulista, vendido ao Sporting-POR por R$ 12.677.870 e o goleiro Jean, repassado ao São Paulo por R$ 12.072.000. Dois jogadores do Vitória também aparecem no G-5 de vendas do futebol nordestino – Lucas Ribeiro (Hoffenheim-ALE – R$ 12,9 milhões) e Gabriel Paulista (Villarreal-ESP – R$ 10 milhões), este último empatado com Diego Souza, vendido pelo Sport-PE ao São Paulo. Os dados foram apurados pelo jornalista Cassio Zirpoli.
Se vender para o Flamengo com um preço menor e manter um valor percentual do jogador, o Bahia tem grandes chances de receber um valor maior que esse futuramente, mas verá sua principal joia atuar em outro time brasileiro, inclusive contra o Esquadrão. É um dilema. Difícil decisão para uma diretoria que tem feito boas vendas no mercado, mas nenhuma com tamanho potencial.