Na reserva do Vitória, Zagueiro Kanu faz desabafo e esclarece foto com esposa

Jogador também falou sobre momento ruim da equipe

Diferente das duas últimas temporadas em que foi titular absoluto do Vitória, o ano de 2018 não tem sido nada bom para o zagueiro Kanu, principalmente após o Campeonato Baiano, perdendo seu espaço no time e até mesmo no banco de reservas. Sem entrar em campo desde agosto e sequer relacionado por Carpegiani para o jogo contra o Internacional, o jogador utilizou sua conta no Instagram para fazer um desabafo nesta sexta-feira e esclarecer foto que ‘viralizou’ nas redes sociais onde ele aparece ao lado de sua esposa em uma festa no mesmo dia em que o Leão perdeu para o Botafogo no Barradão. A torcida acusou o atleta de falta de compromisso com a equipe.

Kanu também comentou o fato de estar atuando, segundo ele, não por sua opção e sim do treinador, porém, ele respeita e destaca o excelente trabalho feito por Paulo César Carpegiani, mas ressalta que fica chateado por não poder estar em campo ajudando. A última partida do jogador pelo Vitória foi na goleada sofrida para o Grêmio, no Rio Grande do Sul. Ele tem contrato com o Leão até o fim deste ano. Ele tem 121 jogos com a camisa rubro-negra e 16 gols marcados. Atualmente, Lucas Ribeiro e Ramon são os atuais titulares, com Aderllan e Bruno Bispo como reservas imediatos, além de Ruan Renato como opção.

Veja a nota abaixo:



“Venho a público esclarecer aos torcedores do vitória, sobre uma foto que viralizou no meu momento de lazer com minha mulher.

Esse sou eu. Baiano , negro, nascido na boca do rio que ralou muito para chegar onde estou hoje, torcedor do vitória e sempre deixei claro isso em campo.

Durante três anos e mais de cem jogos com vocês, passei por momentos bons e ruins no clube, seja conquistando campeonatos ou lutando para não cair. Tenho consciência de que nunca fiz corpo mole ou fugi de alguma circunstância em jogo. Como qualquer trabalhador, também vivo dias ruins. Dias de luta, de muito suor derramado! E momentos de LAZER… Mas na minha profissão não podemos ter lazer, somos máquinas que não podem falhar senão serão descartadas.

E todos esses anos que ajudei o clube, não contam mais? Será que perto de entrar para a história do clube como o zagueiro que fez mais gols, eu não presto? E todos os jogos decisivos que salvei o time, já foi esquecido?

Há quem diga que futebol é resultado, e de fato é, mas como vocês podem cobrar de mim na minha folga? Ser jogador de futebol, não é viver as mil maravilhas do mundo. Para quem assiste de fora, depois de “tudo” conquistado, é realmente fácil. O futebol muda muito rápido hoje você é aplaudido e amanhã é odiado. Vivo uma briga diária, com meus princípios e objetivos, com garra e buscando forças até onde não tenho para estar 100% apto para atuar com a minha equipe. Não estou satisfeito com a situação que o clube se encontra, respeito todos os meus colegas de trabalho, mas está sendo difícil ver tudo isso e não poder ajudar. Aos que pensam que não quero jogar, existe algo chamado “opção”, que hoje não sou para o técnico. Carpegiani tem feito um trabalho incrível nos treinos e trabalhado duro para fazer o melhor para o time.

Quero dizer, que trabalho todos os dias, de domingo á domingo e as vezes em DOIS períodos do dia. Estou TREINANDO, estou DISPONÍVEL, NÃO estou MACHUCADO e PRONTO PARA JOGAR!”

Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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