Carpegiani elogia Neílton e comemora 2º triunfo no comando do Vitória

Foto: Maurícia da Matta / ECV

Após dois tropeços iniciais e a recuperação ao vencer Atlético-MG e América-MG, ambos por 1 x 0 e no Barradão, o técnico Paulo César Carpegiani aos poucos vai colocando o Vitória nos trilhos certos e passando para os jogadores aquilo que ele desejava para tirar o Leão da situação delicada que se encontrava na tabela de classificação. Após o triunfo sobre o América-MG, neste sábado, pela 22ª rodada do Campeonato Brasileiro, o treinador voltou a elogiar os jogadores e o desempenho no segundo tempo, mas destacou mesmo a atuação do atacante Neílton.

“Neilton hoje fez uma partida, aquela que eu gosto, que eu quero, e a gente precisa disso no futebol, esse enganche, porque essa é a posição dele. E hoje ele fez a melhor partida dele comigo. Infelizmente não vai poder jogar. Estou com alguma dificuldade. Se eu tivesse o Lucas, já me solucionaria alguma coisa. Neilton, quem eu tenho come essa característica dele? Não tenho. Vou dar uma pensada, ver o que tenho no grupo. Hoje, três zagueiros disfarçados, mas era uma segurança. Hoje não deu para ver por causa da expulsão. Esse é meu propósito, dar dinâmica, fazer o time jogar com aquilo que eu tenho”, disse.

Ele também analisou o primeiro e segundo tempo do Leão:

“Primeiro tempo, devido à expulsão, ao colocar o segundo atacante, André, mais presente na área, fazendo os dois centroavantes, jogando Neilton um pouco mais para o lado, nós não tivemos a produtividade, em função de o Neilton estar jogando pelo lado esquerdo. Tinha que ter um acompanhamento, um meia, no caso, o Rodrigo tinha que ser pelo lado esquerdo. Se fosse do lado direito… Então se resumiu à jogada do Neilton sem um apoio, sem ter a triangulação do lado esquerdo, tiveram dificuldade. E muito precipitada. Não tem muito o que falar do primeiro tempo, não. Estava um pouco irritado, sim, transmiti isso aos jogadores, disse que o mais importante nisso era nós termos a segurança, principalmente quando você joga contra um adversário com 10, tem que cansar o adversário. Tem que jogar pelos lados. E, com os mesmos jogadores que nós tivemos, somente o Neilton passou a ser o ponta de lança, esse ponta de lança que ele jogou hoje, esse que eu quero realmente para o Vitória, para o meu time…”

“A produção da equipe foi muito melhor. Passei o Léo Ceará para o lado esquerdo, esteve muito bem, fazendo aquela função. Foi o diferencial do nosso jogo, fez o gol, bate muito bem. E chegou uma certa parte, eu senti que estava ofegante e aí fiz o último câmbio, que era o Lucas. Estava preparado para eu colocar o Bryan. Quando chamei, nós fizemos o gol. Eu mandei o Bryan segurar. E aí fiz essa outra substituição, porque eu queria dar mais velocidade. Lucas entrou muito bem também. Então o segundo tempo foi muito distinto do que foi o primero. Gostei, porque foi uma equipe muito firme, muito segura na parte ofensiva. Não deu chance ao adversário. E nós criamos as oportunidades com tranquilidade. Falta ainda aquilo que eu realmente quero, a equipe ter a posse de bola. Ainda, por ter muitos jovens, a equipe um pouco apressada ainda, atropelando no momento dessa transição, ainda está um pouco conduzida a bola quando tem que passar rápido, chegar rápido. Essa compactação nós perdemos no final do jogo. Mas enfim”.

“O segundo tempo eu gostei muito. Já tivemos um progresso, eu reconheço isso. Mas nós temos que ter muito maior para nós realmente estarmos nesse patamar onde estamos hoje momentaneamente. Não tenho preocuapação com a nossa colocação, não. A minha preocupação é que o time jogue, que o time que imponha seu ritmo dentro e fora de casa com a mesma intensidade. Quando atingir isso, essa preocupação que o torcedor tem de olhar toda hora para a tabela, e eu não quero que meus jogadores olhem a tabela, nós teremos a possibilidade de transpor isso e ficarmos satisfeitos com o rendimento da equipe, muito mais do que com a tabela”, afirmou o treinador.

Confira outros trechos da coletiva de Carpegiani.



Substituições
– Yago sentiu. Mas eu ia fazer essa substituição. Yago saiu pela lesão, a parte posterior da coxa. Dali a pouquinho, eu ia fazer essa mesma substituição. Com relação à segunda, foi tática, porque eu precisava de uma dinâmica, coisa que o Meli me deu hoje. Até precipitado em alguns lances, tem que ser o dono do jogo, mas entrou muito bem. Me deu a aceleração, o passe. Gostei muito. Temos três desfalques. Temos o Lucas, o Meli por cartão e mais o Neilton. Ainda não pensei no time. Tem tempo ainda.

Entrada de Bruno Bispo na lateral esquerda
– Escolhi porque sei que é uma equipe que sofre muitos gols, e precisava ter uma segurança. Foi um risco, mas eu quero que o time jogue, que essa bola saia redonda de trás. Esse problema, eu passei para a direção, e eles vão tentar resolver. Tenho vários laterais, jogadores voltando de lesão. Laterais são fundamentais, mas você precisa ter segurança. Eu achei que hoje, nesse jogo, precisava prender um pouco mais e soltar o lado direito. Jeferson vai ter que aprender umas coisas, e eu acho que vou ter que ensinar, porque quero ter essas jogadas pelos flancos.

Utilização de jovens da base
– Eu, particularmente, procuro ser justo, independe se é da base ou não. Sou obrigado a formar um time e fazer jogar. Enquanto não conseguir isso, não fico satisfeito, acabo siando. 2016, peguei o Coritiba, escapamos. No Bahia, formamos um time que agradou… O Flamengo, para mim, aquele time quem formou fui eu, a dinâmica é minha. Infelizmente, aconteceram coisas, perdemos um jogo, talvez estivesse estorvando alguma coisa. Hoje eu tenho uma garotada e tenho outros profissionais. Não é por ser menino, sem receio sem nada. É dada a chance.

Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: futebolbahiano2007@gmail.com

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