A política, o futebol, Baptista, Antônio Pithon e a modernização do Bahia

Evaristo de Macedo, ex-treinador, e Antônio Pithon, ex-presidente do Bahia.

Esse questionamento do técnico Eduardo Batista (veja aqui) me faz refletir ainda jovem quando um grande gerente de banco que trabalhava disse ao então cliente que pretendia ser presidente do Bahia, Sr. Antônio Pedreira Pithon, “O nosso Futebol não é meio para pessoas corretas, é melhor sair dessa”, mas a paixão dele pelo clube em nenhum momento o fez recuar, foi o cara mais brilhante que já vi dirigindo a federação, tentou implantar inúmeras novidades para modernizar o Bahia.

Era um arquiteto de renome, porém, devido ao esquema podre que era arraigado ao clube, da forma mais perversa usando os “jabazeiros” da imprensa que faziam parte da folha do clube, reduziram esse cidadão de bem ao nada, destruíram sua vida e família, e enquanto os fatos aconteciam é que pude amadurecer e refletir o que o nosso gerente queria dizer. Ele foi um importante vetor dessa modernização do Bahia que pretendia implementar junto com Virgílio Elísio, pena que não viveu para realizar o seu sonho e da nossa torcida, mas deveria ser homenageado pelo clube.

“Pithon ocupou o cargo de presidente do tricolor entre os anos de 1996 e 1997. Arquiteto por formação, projetou o Fazendão, centro de treinamento do Esquadrão de Aço, na década de 70, quando era diretor de patrimônio do clube. Além disso, foi eleito presidente da Federação Bahiana de Futebol (FBF) em 1985 e chegou a ser premiado como o melhor mandatário entre as entidades regionais. Posteriormente, tornou-se diretor da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), onde participou da criação da Copa do Brasil”




Voltando ao assunto. É também a mesma maneira encontrada pelos nossos políticos de colocar em prática aquela mesma frase proferida pelo nosso gerente só mudando o contexto “Política não é lugar para gente séria”, com isso milhares de pessoas do bem pensam milhões de vezes ao tentar mudar essa máxima e acabam desistindo, vimos recentemente exemplo de Joaquim Barbosa que tentou lançar-se candidato, mas logo desistiu.

Fazendo uma analogia com nosso futebol e em especial ao Bahia vemos que aquele pensamento só pôde ser mudado graças ao pioneirismo de Antônio Pithon em mudar essa mentalidade mesmo com todas as consequências desastrosas que causaram na sua vida. Na política podemos trilhar o mesmo caminho, porém, precisamos de um precursor.

Tem um pensador que sua frase resume todo esse texto, que acho fantástico. “NÃO SÃO AS LEIS QUE ME FAZEM RESPEITAR O OUTRO, O RESPEITO QUE EU TENHO PELO OUTRO É QUE ME FAZ RESPEITAR AS LEIS”.

Jorge Machado, torcedor do Bahia, amigo e colaborador do Futebol Bahiano.

Fica aqui a nossa homenagem a esse grande profissional e ser humano.

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