O Esporte Clube Vitória fez uma campanha simplesmente brilhante no Campeonato Baiano que, graças a Deus, se encerra hoje no Estádio Manoel Barradão Carneiro. Numa “recapitulada” rápida, o Leão venceu praticamente todos seus adversários, inclusive o Bahia, e só deu uma escorregada na 1ª partida da semifinal, quando empatou com o Vitória da Conquista, no entanto, no jogo de volta, para que não ficasse qualquer duvida de quem é quem, aplicou uma expressiva goleada e entra em campo hoje à tarde, no Barradão, como favorito para levantar o caneco de bicampeão baiano de forma invicta, diante do Esporte Clube Bahia.
Tal previsão está longe de qualquer profecia, mas encontra abrigo e amparo nos números, tem a chancela da tabela de classificação, a colaboração do mando de campo, a força de uma imensidão de torcedores que vão empurrar o Leão para o triunfo, pela não necessidade de precisar vencer a partida e, se não bastasse tudo isto, com o aval absurdo e quase inacreditável retrospecto positivo do adversário, quando enfrenta o Esporte Clube Bahia dentro do seu estádio em decisões.
Foram 10 partidas decisivas, apenas de Campeonato Baiano e o Esporte Clube Vitória venceu todas, exatamente todas as 10 sem perder em uma única oportunidade, aliás, um privilégio apenas para os nanicos do estilo Bahia de Feira e o Colo-Colo de Ilhéus, que em um passado não tão distante, foram até lá e lavaram, levaram e beberam o caneco já cheio de Chopp e considerado como ganho pelo torcedor do Leão. O Bahia tem 46 títulos conquistados e nenhum deles dentro do Barradão e é preciso considerar que o Estádio do Vitória, já não é tão menino assim.
O Bahia vencer e conquistar o título, não pode? Pode sim, vou até torcer para que isto aconteça e vou além: pode até golear e sair de lá consagrado e calando um Barradão abarrotado, fazendo o torcedor do Leão comer a tampa, cheirar a lata e bufar rótulos de marcar de sardinha distribuídas em forma de deboche, mas trata-se de uma possibilidade improvável, ou pouco provável.
Por isto, a prudência recomenda observar essa decisão com todas as reservas possíveis, até porque, vencer o próprio Vitória pela Copa do Nordeste não transformou o Esporte Clube Bahia em um time confiável, ao ponto de autorizar o otimismo ou a crença exagerada que o tricolor de aço seja capaz de exercer tamanha valentia, que raramente foi vista nos tempos atuais e, assim, quebrar um tabu que vem desde o primeiro momento do Barradão.
Portanto, ainda contrariado e como os amigos Imperador e Marcos Guimarães dizem que clássico é clássico, meu palpite é duplo e os xis vão para coluna 1 e coluna do meio.