Torcer eu vou. Mas está difícil acreditar no Bahia

Embora alguns torcedores mais otimistas tentem tirar o pessimismo de mim, é o caso do meu primo Lucas Costa, também apelidado de o “Rei do Otimismo” assim como meus amigos Lite e Flavio Andrade, me recuso a virar um otimista de plantão quando o assunto é o Esporte Clube Bahia.

Um time que consegue iludir uma nação em 90 minutos e nos outros 90 deixar milhares de decepcionados e desesperançados torcedores. É o meu caso, não nego. Conversando hoje com um amigo sobre a Série B eu larguei: “Eu acredito no acesso. Mas não acredito no Bahia.” E ele: “Mas como assim?”. Não estou maluco, não. Eu tenho confiança que podemos ainda conquistar o tão sonhado acesso, mas não acredito que o Bahia tenha competência, atitude e acima de tudo bala na agulha para carimbar o passaporte de retorno à elite do futebol nacional.


Se tivesse ao menos empatado com o Londrina ou garantido aqueles 2 pontos à mais diante do CRB quando covardemente cedemos o empate já nos minutos finais, as chances seriam bem maiores e o caminho para Série A menos nebuloso, principalmente pelas cinco partidas restantes na Arena Fonte Nova das nove que faltam para o término do campeonato. Estaríamos agora ainda colado ao G-4 e teríamos pela frente dois confrontos na nossa humilde residência onde temos um aproveitamento respeitável de 74%, porém insuficiente para nos manter entre os quatro primeiros justamente pelo desempenho pífio, medonho e assustador fora do nosso cercado, além do primeiro turno onde apresentamos um futebol decadente, de time que brigaria contra o rebaixamento.


Neste domingo (09), às 19h30, temos mais um desafio pela frente em um dia anormal para jogos de Série B e finalizando a 30ª rodada, quando enfrentamos o Tupi-MG lutando contra tudo, contra todos, e contra seu fragilizado elenco para se manter na Série B, atolado no fosso do Z-4 em 18º apenas com o nariz de fora. Apesar do momento vivido pelos mineiros, é o Bahia que tem a obrigação de sair de campo com os 3 pontos essenciais e necessários para continuarmos sonhando com a Série A.

Joga em casa, onde vem de quatro triunfos consecutivos, diante da sua torcida que vem comparecendo em bom número e contra um adversário mais fraco e em situação delicada. Além do triunfo, o Esquadrão terá que secar os “rivais”, principalmente Avaí e Londrina, donos provisórios das duas vagas ainda em aberto já que Vasco e Atlético-GO já colocaram uma perna e meia na Primeira Divisão, agora travando uma batalha para ver quem levanta a taça de campeão da segundona, que não vale porra nenhuma, apenas um título simbólico, afinal, no Campeonato Brasileiro da Série B temos 4 campeões. 

Para buscar a reabilitação na Série B, aumentar o aproveitamento dentro de casa e manter o sonho pelo acesso vivo, o Bahia terá que superar a falta de um lateral-esquerdo já que Moisés e João Paulo estão fora de combate. Vários nomes surgem como possíveis improvisados no setor, como Yuri, Juninho, Allano, além do lateral-direito Tinga que já é sofrível atuando na sua posição, não quero nem imaginar na esquerda.

Fora essa dúvida cruel e ainda assustadora, a equipe não deve ter mais novidades. O provável Bahia tem Muriel, Eduardo, Tiago, Jackson e Tinga (?); Juninho, Luiz Antônio e Renato Cajá; Allano, Edigar Junio e Hernane. O Tricolor ocupa a 7ª posição com 43 pontos, 5 de distância para o G-4. 

Autor(a)

Fellipe Amaral

Administrador e colunista do site Futebol Bahiano. Contato: [email protected]

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