“Vou trazer muitas alegria para a torcida” diz Gustavo

Nunca em lugar nenhum ou em tempo algum, (claro, aplique-se ai 30% de desconto promocional pelo exagero) o Esporte Clube Bahia deu tantas oportunidades aos jogadores da base. Se é ou será uma política do clube ou simplesmente é uma solução econômica em face da quebradeira financeira que a maioria os clubes vivenciam é outra história e que não tem valor neste momento. O importante é que a base está na ordem do dia do presidente Marcelo Sant’Ana, ainda que os elogios recaiam sempre em cima do técnico Sérgio Soares, como ele tivesse uma segunda alternativa e ai decidiu optar pela base.

Para o jogo desta sábado, por exemplo, o tricolor terá quatro jogadores na base no time titular: Douglas Pires Vitor e Gustavo, sendo que o último é a nova aposta da comissão técnica do Bahia. E sobre ele, os repórteres Vitor Villar e Tiago Lemos do jornal A Tarde publicaram uma matéria trazendo suas as expectativas agora como titular do Bahia

Veja

No começo da semana, o atacante Alexandro, do Bahia, reconheceu não ser um primor em termos técnicos. “Tem gente que nasceu para ser engenheiro e gente que nasceu para ser pedreiro. Eu sou o pedreiro. Não desisto da jogada, vou para o combate. Isso a torcida pode esperar de mim”, disse ele.


Seguindo o pensamento do centroavante, o Tricolor pode dizer que tem, além do pedreiro, o engenheiro do seu elenco. É o meia Gustavo Blanco, que, contra o Sport, pela Sul-Americana, voltou a ser titular. “Fazia Engenharia Civil, mas transferi para Engenharia de Produção. Estava no 6º semestre na Unifacs quando tranquei”, explicou o jogador de 20 anos, que escolheu se dedicar ao futebol.


O papel de cada um em campo, como descrito por Alexandro, ficou claro na partida contra o time pernambucano. Em duas oportunidades, Gustavo foi à linha de fundo e cruzou na medida; em ambas, o atacante se esforçou para chegar à bola, mas não conseguiu concluir.


Blanco reconhece ter facilidade em construir jogadas, mas diz que isso não tem nada a ver com a faculdade que cursa: “Na verdade, os lances de ataque são uma característica que criei por ter jogado muito tempo como armador na época da base”, disse.


A oportunidade de mostrar que sabe construir jogadas de gol, no entanto, valeu a pena. Com o meio-campo procurando uma nova formação após a queda de rendimento nos últimos jogos, o volante se candidata a uma vaga no time titular que enfrenta o América-MG, no sábado, às 16h30, na Fonte Nova, pela Série B.


Desgaste


O que pode atrapalhar a sequência de Gustavo, no entanto, é a sua condição física. Pouco acostumado a atuar em partidas completas na carreira, o garoto ainda sente muito desgaste entre um jogo e outro.


Quem deu o recado foi o próprio técnico Sérgio Soares. “Ele tem dificuldade de se recuperar de um jogo para o outro. Estamos cuidando com a fisiologia para que isso amenize e ele possa ter uma sequência”, disse, no final de julho, ao justificar ter tirado Gustavo do time após série de três jogos como titular.


Promovido ao time principal no início deste ano, o volante sempre foi visto como um talento na base, mas acabou prejudicado por conta de sucessivas lesões. Além disso, jogava como meia e tinha que enfrentar concorrência, por exemplo, de Anderson Talisca, hoje no Benfica. Por isso, era quase sempre reserva.


A partida contra o Sport foi a primeira em que Gustavo jogou por 90 minutos como profissional. Nas quatro partidas que havia feito antes, foi substituído no segundo tempo. O volante voltou à equipe após nove jogos no banco.


“Atribuo o desgaste a alguns fatores: quase quatro anos que não jogo uma partida inteira, a falta de ritmo de jogo… Fiquei muito feliz em conseguir disputar os 90 minutos e estou trabalhando para evoluir”, disse o garoto: “Vou trazer muita alegria para a torcida”.

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