Até dias atrás era comum em dias do jogo do Esporte Clube Vitória pontuar que era preciso vencer o beltrano da vez, esperar que sicrano empate com fulano para o final da rodada o Leão acessasse o G4 ou melhorasse a sua posição. Acabou essa história, já não cabe a ladainha. Líder do Campeonato Brasileiro e eleito pela tabela de pontuação como o melhor entre os 20 clubes neste momento, o Leão merecidamente lotado de moral, enfrenta hoje à noite às 19h no Estádio Manoel Barradas Carneiro, o Santa Cruz, em um duelo que envolve dois dos clubes tradicionais da nossa região precisando de um triunfo simples, tropeços de adversário, pode apenas isolar o Leão na primeira posição.
Pela campanha do Vitória, pelo bom time do Santa Cruz e, sobretudo, pela perspectiva de se consolidar na ponta da competição, o jogo deve atrair uma presença expressiva dos torcedores do Vitória, a despeito do horário escroto, especialmente para os mortais que trabalham até às 18h.
O adversário, apesar da tradição e pela torcida é um time instável e ainda que possa trazer trabalhos adicionais, acredito que não será capaz de impedir o continuo avanço rubro-negro, especialmente atuando fora de casa, onde o time pernambucano tem se mostrado ineficiente. Foram oito jogos, perdeu 5, empatou 2 e venceu apenas o Bragantino. Contabilizando apenas os jogos de casa, o Santa Cruz seria o décimo sexto colocado. Logo seria estranho acreditar que vai engrossar o caldo justamente contra o líder motivado, jogando dentro de casa diante dos seus torcedores. Resultado, fugindo de um triunfo seja apertado ou folgado do Leão é zebra e pura esquisitice do futebol.
O time está indefinido. Mancini perdeu Vander, autor do primeiro gol no triunfo por 2 x 0 diante da Luverdense, em Cuiabá, mas terá à disposição Marcelo Mattos e Rhayner, que cumpriram suspensão. As dúvidas são Rogério e Pedro Ken. O atacante se queixou de dores musculares, enquanto o meia se recupera de uma entorse.