A matéria é de Silvio Barsetti do portal Terra e passou despercebida pela imprensa local. Segundo ele, a participação de clubes do Nordeste na Série A do Brasileiro, desde que a competição passou a ser disputada no sistema de pontos corridos em 2003, representa apenas 11% do total. Essa tímida presença , cuja lista em 13 anos contou apenas com Bahia, Vitória, Ceará , Fortaleza, América-RN , Náutico , Santa Cruz e Sport – este o único na atual edição da Primeira Divisão -, tem levado dirigentes do futebol nordestino a pleitear mais representatividade dos clubes da região na CBF.
O pontapé inicial foi dado pela federação baiana. Seu presidente, Ednaldo Rodrigues, levou para a assembleia geral da última quinta-feira, na CBF a proposta de ampliar o colégio eleitoral da entidade máxima do futebol. Ele defendeu o poder de voto dos 20 clubes da Série B do Campeonato Brasileiro . Atualmente, são as 27 federações estaduais e os 20 da Série A que escolhem, por exemplo, o presidente da CBF.
“Foi criada uma comissão para analisar isso. Outras federações se mostraram favoráveis à ideia. Se incluíssemos a Série B no processo eleitoral, hoje teríamos mais 11 vozes da região com direito a voto na CBF”, disse Ednaldo.
O dirigente baiano contou que outras federações se mostraram favoráveis à mudança e que têm o apoio dos clubes do seu Estado. Ele disse esperar mais adesões e que a comissão para estudar o assunto seja logo constituída. Ednaldo Rodrigues também defendeu na assembleia o voto qualitativo. “Para aquele que ganhou um título da Série A, peso dois na votação. Se um clube ganhou três títulos, aí seu voto valeria por três, e assim sucessivamente”, argumentou. O ponto em questão é outra atribuição da comissão.