A profissão de técnico de futebol, sem dúvida, é uma da mais ingratas em todos os segmentos do Esporte. O time pode não ter qualidade, as condições de trabalhos podem não ser as ideais, não importa, o cara tem de chegar, traçar na prancheta que cai aqui, que entra por ali, quem vai cruzar e aquele que vai cabecear, porque nas arquibancadas os fiscais estão de plantão atento e pronto para oferecer novas alternativas de esquema tático, e a melhor formação para o jogo. Perdeu, é burro já no estádio e, em alguns casos, é demitido através dos microfones das emissoras de rádios ou até mesmo com profissionais da imprensa, com influência dentro do clube, alguns na condição de conselheiros.
O caso cabe bem ao técnico Ricardo Drubscky, estudioso do futebol e técnico do Vitória na temporada atual que, mal chegou ou recebeu os jogadores que terá a sua disposição, que já tem seu trabalho questionado, notadamente após o empate contra o Bahia no último Domingo, após sair na frente e deixar o adversário empatar com apenas 10 jogadores, a partir dos 25 minutos ainda do segundo tempo.
De acordo com o jornal A Tarde, após a “derrota”, grupos de conselheiros pediram a destituição imediata do treinador para o presidente do clube, Carlos Falcão, medida que não foi acatada pela direção rubro-negra, no entanto, como é da cultura do futebol brasileiro, Drubscky está com o emprego em risco, caso o Vitória fracasse contra o América-RN, nesta quarta-feira, pela Copa do Nordeste, dizem até mesmo que obtenha êxito, se não mostrar avanços na qualidade do futebol.
Ainda segundo o jornal, o presidente escutou a exigência e se reuniu com a diretoria após o clássico, para tomar uma decisão. Porém, depois de conversas (o diretor de futebol), Anderson Barros achou melhor manter Drubscky. Alguns conselheiros influentes se revoltaram, o que dividiu o grupo. “Dificilmente ele fica após quarta-feira (contra o América-RN, em Natal, pelo Nordestão), mesmo vencendo”, assegurou um conselheiro que pediu anonimato.