Bahia se reapresenta e se espera o fim dos discursos

O Esporte Clube Bahia finalizou o ano de 2014 ostentando a maldita condição de segunda pior equipe do Campeonato Brasileiro. Com 19 derrotas, em 38 jogos disputados, o tricolor produziu todo o tipo de sofrimento aos seus torcedores por sete meses consecutivos, sem pausa ou trégua para depois de sobreviver aos troncos e barrancos por quatro anos, quase como um penetra da Serie A, cair para a segunda divisão do Campeonato Brasileiro, em um mergulho na lama, até certo ponto esperado pela desestrutura financeira dos clubes do nordeste e, no ano passado, com o agravante dos erros, notadamente nas contratações da administração de Fernando Roth Schmidt.

Portanto, ainda não é hora de falar em rosas, já que os cravos-de-defunto ainda produzem aroma fresco, especialmente para aqueles que duvidam da prática conveniente do lavou tá novo, ou foi apenas mal e coisa e tal, como o torcedor devesse ser vítima da própria paixão, e não passasse de um capacho disposto a aceitar tudo sem questionar os motivos e exigir ajustes.

O Bahia que se apresenta hoje à tarde, para a temporada 2015, diga-se, é um Bahia cabisbaixo, um Bahia que envergonhou a todos os seus torcedores com uma campanha ridícula e com um time ridículo e, até então, nada, absolutamente nada mudou, que justificasse ou autorizasse qualquer tipo de entusiasmo para o tricolor 2015, que terá como tarefa principal, ser reposicionado em uma condição de respeito, posto de que foi removido em 2014, por incompetência daqueles que chamaram para si o direito de nos representar, sob o signo do Bahia Novo.

A grande mudança do Bahia de 2014 vem na área administrativa, com a eleição do jornalista Marcelo Sant’Ana, que vai  governar o Esporte Clube Bahia nos próximos três anos. Eleição  que, na minha visão, trata-se de uma grande aventura de resultado completamente imprevisível. É um tiro no escuro, mas amparado na legitimidade de como atingiu o cargo, merece o acautelado voto de confiança.

No entanto, eleito em 17 de Dezembro por maioria simples de voto, o novo presidente do Bahia se posta, até então, como um autêntico palestrante em tempo integral, indicando soluções inovadoras, apostando no moderno e discursando justamente, e até um pouco além, daquilo que o torcedor quer ouvir e, naturalmente por isto, deve ser cobrado a partir desta segunda-feira, ocasião da reapresentação do time e momento em que se espera que sejam apresentados os novos reforços e a fase da palavra fácil, finalmente, seja substituída por ações efetivas para o restabelecimento do Bahia, agora sem moral e rebaixado.  

O Bahia entra a ano de 2015 com um time PIOR que o ano que passou, já que em nome da prometida redução da folha salarial, jogadores ainda aproveitáveis estão sendo colocados no mercado, como Marcelo Lomba e outros. Por outro lado, o novo presidente do Bahia, ainda que se agarre no pilar do moderno, acena e aponta para uma solução antiga: a utilização de jogadores revelados na base, não por opção ou política estabelecia, e sim pela falência financeira do clube, que não tem meios de contratar jogadores prontos.

Ainda assim, é esperado que hoje à tarde o anúncio oficial da contratação do meia Tchô, que já que desembarcou em Salvador para assinar contrato, e o lateral direito Tony, além deles, segundo o próprio presidente, o Bahia já contratou um zagueiro e um segundo meia, que terão seus nomes conhecidos hoje à tarde. 

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