Foi o jogo mais importante para o Bahia dos últimos sete dias. A Copa do Brasil é a segunda competição mais importante do país, é o caminho mais curto para a Libertadores da América. Cabia ao tricolor eliminar o concorrente e avançar. Mas não seria uma missão fácil. O importante mesmo, é que no final prevaleceu a estrela do esquadrão, que conseguiu vencer e deixar a sua torcida feliz na Arena Fonte Nova.
O Bahia enfrentou um adversário, que classifico como “chato e marcador”. Como um bom integrante da segunda divisão do futebol nacional, o América/MG apresenta um futebol pegado, que pouco joga e não deixa jogar. Sendo assim, já era previsível que o time mineiro dificultaria a partida para o tricolor baiano. E de fato, dificultou.O resultado viria com muita paciência. E haja paciência! Só chegou aos 43 minutos do segundo tempo.
No geral, o Bahia não fez uma partida vistosa. Concordo! Mas preciso enaltecer uma série de fatores positivos que fortalecem a confiança do torcedor no time. O primeiro fator é o psicológico. Tanto no jogo do último domingo, como no jogo desta quarta-feira, o Bahia enfrentou uma situação adversa até pouco antes do apito final. Mas em nenhuma das duas partidas, o time se mostrou desesperado ou de forma precipitada. Pelo contrário, em ambos os jogos o time foi aguerrido e perseverante, buscando a melhor forma de atacar e tentar o gol. Deu certo, o tricolor marcou no finalzinho das duas partidas.
Um outro fator positivo no jogo foi a versatilidade do time. Em jogo de muita marcação e muita falta, jogar pelas laterais e ter um centroavante de referência dentro da área é uma alternativa quase que lógica. No entanto, na falta de um atacante com essas características no time, precisaria o Bahia buscar uma outra alternativa para buscar o segundo gol. Mesmo de forma nem tanto organizada, o esquadrão conseguiu suprir essa falta, graças a atuação de toda coletividade. Em outras palavras, o tricolor tem grupo, união e vontade de vencer. Isso se traduziu nos resultados.
O terceiro e, talvez, o principal fator a ser exaltado é a estrela tricolor. Mesmo quando as atuações não são das melhores, os jogadores crescem ao encarnar o “sentido” de defender o Bahia. E lutam até o fim. A estrela brilha pelo segundo jogo consecutivo, assim como era nos antigos tempos. E, associado a boa fase, a bola entra.
Muito compreensível é o fato do Bahia não dar sequência às grandes atuações, do ponto de vista técnico. Além de ter enfrentado um adversário muito marcador e com um jogo concentrado no meio de campo, o Bahia vinha de uma sequência de jogos, sem oportunidade de descanso no meio de semana. Esse é um fator que, sem dúvidas, compromete o rendimento físico e, consequentemente, a qualidade do futebol apresentado pela equipe, que também vinha com muitos desfalques.
Então, o torcedor tem muito a comemorar. Prevaleceu a força do Bahia e de seu torcedor nas arquibancadas da Arena Fonte Nova, neste último jogo na capital baiana antes do recesso da Copa do Mundo. O Bahia só voltará a entrar em campo pela Copa do Brasil depois do referido recesso. O time conseguiu dar sequência a boa fase que vem vivendo, mas terá pela frente uma sequência de cinco jogos importantes, para se manter dentro do grupo dos quatro principais times do Brasileirão
Vinicius Sampaio