Manifesto das embaixadas do Bahia

Os representantes das Embaixadas Tricolores, coletivos de torcedores do Esporte Clube Bahia nas respectivas cidades e estados referenciados abaixo, vem aqui manifestar seu repúdio à forma incompetente e irresponsável como o clube vem sendo gerido ao longo dos últimos anos, e exigir providências.

Em diversos estados do nosso País, nos mobilizamos, mantemos acesa a paixão pelo nosso Bahia, em terras de outras torcidas. Assistimos aos jogos juntos, juntos vamos aos estádios, promovemos eventos, e doamos uma boa parcela da nossa existência a esse sentimento, onde infelizmente tem predominado o sofrimento.

Repudiamos aqui a tibieza da diretoria no enfrentamento das questões relativas ao nosso clube, configurando irregularidades tais que vem ao longo dos anos relegando ao Bahia a um triste papel que desonra sua gloriosa história:

-Promessa não cumprida de eleições diretas.

-Conselho Deliberativo irregular com conselheiros omissos e sem nenhuma representatividade real quanto ao clube.

-Imposição de dificuldades para que torcedores se associem efetivamente ao  Clube como sócios patrimoniais.

-Estatuto repleto de casuísmos, que garante a  manutenção da influência do poder de um grupo constituído pelos mesmos dirigentes,  todos protagonistas dos péssimos desempenhos do Bahia nos últimos anos: Marcelo Guimarães, Marcelo Guimarães Filho,  Petrônio Barradas, Paulo Maracajá e Ruy Aciolly.

-Falta de equilíbrio do Presidente no trato com os torcedores, incompatível para um dirigente de Clube da grandeza do Bahia e ao mesmo tempo Deputado Federal, acúmulo de funções que inclusive deixa o clube em segundo plano, naturalmente.

-Gestão tímida do programa de Sócio Torcedor , no momento em que essa modalidade apresenta enormes perspectivas com o projeto “Futebol Melhor”, entre vários clubes brasileiros.

-Trabalho de marketing muito abaixo das possibilidades da imagem do clube, abandono da única ação realmente relevante, a das Embaixadas, e demonstrações patéticas de desconexão,  como do diretor de Marketing desconhecendo uma contratação pelo clube de um jogador destacado na imprensa.

-Relação estreita e que transparece muita influência sobre as decisões do Presidente, de determinados radialistas sensacionalistas e sem escrúpulos da imprensa baiana, além de um séquito de bajuladores sem nenhuma qualificação exercendo idêntica influência na vida do Clube.

-Negociações sem transparência de atletas do Clube como Filipe e Maranhão, sendo investigadas por jornalista do sudeste e revelando várias questões duvidosas e irregulares nas mesmas.

-Inexistente trabalho de valorização da imagem de jogadores revelados pelo clube, como foi o caso de Gabriel, atleta que terminou negociado de forma patética, por valor baixo,  com pagamento bimestral, com um potencial rival nacional.

-Péssimo trabalho de gestão da vida profissional dos atletas oriundos da base, vide Paulinho e Vander, e por pouco, Talisca.

-Relação obscura com empresa mais obscura ainda, a “Cálcio”, na gestão dos contratos dos jogadores da base.

-Desrespeito com a Instituição e torcedor ao trazer Joel Santana, que tratou pejorativamente o Clube como “Sardinha” e abandonou o Bahia ao primeiro chamado de clube do sudeste ano passado.

-Atuação pífia do diretor de futebol, resultante de sua relação sempre com os mesmos empresários, e seus jogadores incapazes ou descomprometidos, ultrapassados e sem a menor perspectiva de render em campo algo que justifique seus salários.

-Pusilanimidade e passividade nas relações com outros clubes, CBF, Instituições, TV e imprensa, na defesa do EC Bahia. Contrato com a Arena Fonte Nova que avilta os recursos de bilheteria.

-Falta de comando diante dos jogadores, que resulta na formação de grupos e panelinhas, que se impõem sobre a hierarquia estabelecida no Clube.

-Falta do mesmo comando sobre a responsabilidade individual de cada atleta, de maneira que mantenham hábitos que preservem suas disponibilidades físicas para cumprirem suas obrigações, evitando bebedeiras e “barcas”.

-Atuação no mínimo questionável do departamento médico no caso do jogador Ávine, uma das maiores revelações do clube nos últimos anos, e que permanece inativo, por erros no tratamento da sua lesão no joelho.

-Participações temerárias na Série A, sempre lutando para não cair de novo, inacreditável vexame na Copa do Nordeste, Campeonato Baiano e mais recentemente na inauguração da Arena Fonte Nova.

O caminho para a verdadeira reestruturação do Bahia e seu reposicionamento nacional como grande clube passam pelo que a nossa torcida possa fazer por ele, se associando para participar de seus destinos, votando e elegendo os gestores dos seus passos.

Diante da presente situação do Esporte Clube Bahia, exigimos a renúncia da atual diretoria e a convocação de eleições diretas. Apelamos à Justiça, aos representantes do Povo, governantes, imprensa responsável e a toda torcida tricolor que nos acompanhem nesse BASTA!!

O Bahia não vai sobreviver, se preso a grupos ou dinastias. O Bahia precisa de coração entregue, de gestores consagrados pela vontade de sua torcida, de participação. Pois juntos somos uma só vibração: Aquela que ninguém vence.

Embaixada Tricolor Bahea da Guanabara – Rio de Janeiro (RJ)

Embaixada Tricolor Bahea Sampa – São Paulo (SP)

Embaixada Tricolor Manauara – Manaus (AM)

Embaixada Tricolor Bahêa POA – Porto Alegre (RS)

Embaixada Tricolor Caju de Aço – Aracaju (SE)

Embaixada Tricolor Campina de Aço – Campina Grande (PB)

Embaixada Tricolor Conquista – Vitória da Conquista (BA)

Embaixada Tricolor Costa do Cacau – Itabuna (BA)

Embaixada Tricolor Serrinha (BA)

Embaixada Tricolor Catu (BA)

Embaixada Pantanal Tricolor (MS)

Embaixada Tricolor da UFBA – Salvador (BA)

Embaixada Tricolor de Parauapebas (PA)


Autor(a)

Dalmo Carrera

Fundador e administrador do Futebol Bahiano. Contato: dalmocarrera@live.com

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