Vitória 1 x 4 Ceará: arbitragem atrapalhada

Sereno, o treinador Caio Júnior reconhece que o Vitória não teve
competência para vencer o jogo. Ele, no entanto, está convencido que a
não confirmação do gol de Renato Cajá, quando o placar estava 0 a 0, foi
decisivo para a eliminação do time rubro-negro das semifinais da Copa
do Nordeste.

“Achei que a equipe estava muito coordenada e equilibrada. O lance
capital do jogo foi o gol do Cajá (Renato). Revi o lance no vestiário (o
jogo foi gravado) e foi um absurdo o árbitro marcar falta do Nicácio
(Marcelo) que não teve interferência nenhuma no lance. A bola é alçada
no primeiro pau, Nicácio disputa a bola com o zagueiro, e o Cajá faz o
gol. Dentro da normalidade do jogo, 1 a 0 faria uma enorme diferença
porque o Ceará teria que fazer três gols”.

Caio ilustra com a expulsão de Escudero as críticas ao árbitro
pernambucano.“Achei que o Escudero, por exemplo, um jogador de nível
alto, acostumado a jogos internacionais, se revoltou logo no início do
jogo com o árbitro. Está revolta atrapalhou muito a concentração do
jogador. Escudero se revoltou com a qualidade da arbitragem e foi ao
limite quando ele não deu o pênalti em Dinei”.

Mas Caio concorda que o time falhou e, por isso, está eliminado das
semifinais: “Infelizmente não tivemos a capacidade de fazer gols. Pela
quantidade enorme de oportunidade podíamos ter feito três ou quatro gols
que nos dariam a classificação. Agora é absorver e trabalhar para o
Campeonato Estadual”.

Quando questionado sobre os dois gols em cobranças de escanteios, o
treinador disse: “Ai a responsabilidade é minha. Como treinador, quando
minha equipe falha, eu tenho que assumir. No segundo gol, o número 4
(Rafael Vaz) estava sozinho, o que é inadmissível porque a marcação é
individual. Isso desestabilizou a equipe e deu moral para o Ceará. Mesmo
assim tivemos a situação do Nino que foi um lance incrível (chute na
trave), era 1 a 1 e mudaria de novo o jogo”.

O treinador lembrou ainda outro lance, com Luís Alberto, nos primeiros
minutos do segundo tempo. O volante acertou um chute na trave, com
Fernando Henrique batido. “No segundo tempo, nós começamos o jogo com a
possibilidade de fazer 2 a 1. Luís Alberto chuta a bola na trave e já
estava comemorando. Aquele lance também foi decisivo porque era 2 a 1
muito cedo e nos daria confiança. Mas a tarde não era do Vitória e logo
em seguida tomamos dois gols”.

Apesar da eliminação, Caio ficou satisfeito com a evolução do time.
“Agora vamos trabalhar para o estadual e formar a equipe para o
Brasileiro. Foi uma tarde desastrosa e só acontece no futebol. Tanto
pelo fato de nós tomarmos quatro gols para uma equipe que vinha sendo
regular como pela atuação da arbitragem. Infelizmente tenho que tocar
nisso. Eu sou muito educado e correto. A anulação do gol do Cajá é
inadmissível e a não marcação do pênalti em Dinei é inadmissível também.
Vi o lance. Se não quisesse dar o pênalti no primeiro lance teria que
dar a falta de Fernando Henrique. Ali ele (árbitro) acabou o jogo.
Expulsou todo mundo”, completa o treinador.

 

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