Hélder é melhor que Seedorf. Bahia 2×0 Foguinho

Bahia broca mais uma e segue líder do segundo turno, ao lado
do flu, líder do campeonato.

Cheguei em PituAço com meu pai e minha tia Bá. Minha tia é
uma figuraça. Pé-quente, mas foi apenas há um jogo, esse ano. Bahia 1×0 São
Paulo. Já no carro ela disse: vou “amarrar” Seedorf, hoje. Pronto.
Fique mais confiante que o normal para a partida.

O bom comentarista Paulo Cerqueira falava no rádio: “o
time do Botafogo é melhor que o do Bahia”. Quando vi os times em campo
lembrei da piada dos galos, e se o bom é o de preto, o time de branco é que era
o miserável…

E foi assim. Quinze minutos de sufoco Tricolor pra cima dos
cariocas e o “amarrado” Seedorf nem apareceu. O Botafogo começou a
gostar um poquinho do jogo, mas Neto acertou um cruzamento na cabeça e Fahel.
Era a primeira brocada do dia.

O Bahia deu uma afrouxada na marcação e o rastinha dos caras
apareceu em algumas boas jogadas. Numa tabela, no fim do primeiro tempo, quase
empata a bagaça, mas a bola foi pra fora. 

Elkerson (Elkson, Elkesson, sei lá) só entrou em campo pra
ser “homenageado” pela torcida Tricolor, exaltando a possível
preferência sexual do atleta botafoguense. E o Seedorf? 

Segundo tempo e o que era bom, ficou melhor. O Tricolor
consertou alguns errinhos da primeira etapa e começou a pressionar ainda mais o
adversário. Lomba assistia a partida, Neto manteve-se muito bem, Titi e Danny
dando show e Jussandro voltou mais calmo e seguro de si e foi um monstro na
lateral. No meio, Fahel e Diones jogando muito, Lulinha entrou no lugar de Zé
Roberto que “não entrou ” no primeiro tempo, Gabriel teve mais
lampejos de craque. Mas Hélder, que ainda me irritou durante o jogo errando
passes importantes em contra-ataques, voltou pra queimar minha língua e ser o
melhor em campo, mais uma vez. Elias sofria com a insistência das bolas aéreas,
onde ele perdia todas para a alta zaga carioca. Perdia todas, principalmente os
chutões de Lomba, que só resultavam em contra-ataques.

O jogo ficou mais aberto, os dois times se expondo e indo
pra cima, mas a superioridade dos donos da casa era evidente. Elias, pelo chão
fez grande jogada, tocou pra Lulinha, que deixou de primeira pra Gabriel chutar
perto. Quase um golaço pra acalmar meu ânimo.

Hélder lança Elias (já morto em campo), cara a cara com o
goleiro, mas ele chega atrasado. No rebote, Kléberson toca de cobertura e o
goleiro do bota faz grande defesa. Quase de novo.

Até que em uma tabela entre Neto e Kléberson, o penta
Campeão dá um passe açucarado pra o herói da noite driblar o goleiro adversário
e confundir o pobre do Luiz Roberto da Globo. Hélder broca e o narrador global
solta: a turma tricolor faz a festa na ‘Fonte Nova’. PituAço, Fonte Nova, não
importa Luiz. A TURMA TRICOLOR FAZ A FESTA NO PAÍS TODO.

Já na saída do estádio ouço de um Torcedor: “Hélder é melhor que Seedorf”. E embora seja uma heresia, com a história dos dois, hoje eu tenho de dar-lhe razão. 

BORA BAÊA MINHA PORRA! Descontamos a derrota no primeiro
turno no fogão de meu saudoso tio Val. Encostamos no Flamengo e no Náutico,
jogamos muito e fizemos jus a palhaçada dos rivais. O “Hospital” Roberto Santos,
hoje atendeu um monte de carioca perdido, com sintomas de depressão aguda, perda dos
sentidos e sinais claros desorientação temporária. Além, é claro, de cuidar da
melancolia da torcida adversária que rezou por uma goleada carioca, mas não obteve êxito. 

Que venha o
Flamengo num jogo de 6 pontos. 

Como é bom vencer de 2a0 um grande time, como é o Botafogo, e ainda ficar lamentando gols perdidos, né??? 

Ah, a partir de hoje, não falarei mais sobre essa “viadage”
de z4 e série b. Quem quiser saber divisão de acesso, recomendo os textos de J Rodrigues e
Victor Hugo. 

E o Seedorf, hein? Que coisa… Tá amarrado, em nome de minha tia Bá 🙂

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