Base do Bahia: Esperança e cautela

Se os títulos não chegam e a forma de administração das divisões de base é contestada no Bahia, jogadores como Gabriel e Jussandro ganham destaque no Jornal de Metrópoles desta sexta-feira, em matéria assinada por Manuela Cavadas e Adalton do Anjos. Confira.

SE NO Campeonato Baiano o meia-atacante Gabriel ganhou destaque no time do Bahia, no início do returno do Brasileirão o título de revelação da equipe está com o lateral-esquerdo Jussandro. O que os jogadores têm em comum? Foram revelados nas categorias de base do clube, assim como Daniel Alves, Marcelo Ramos, Ávine e tantos outros atletas que acabaram virando ídolos tricolores.

Muito por conta disso, a torcida que admirou estas revelações pede para que os técnicos que passam pelo time olhem para jogadores da base do Bahia — vice-campeã da Copa São Paulo de Futebol Júnior em 2011 — e ‘subam’ algum atleta para o time principal.

Jussandro não é o único atleta daquela equipe da Copinha de 2011 que ‘subiu’ ou foi negociado recentemente. Junto com ele, Renan, Madson, Rafael Gladiador e Dudu também já atuaram ou foram convocados para o time principal este ano.

Além disso, o lateral Mansur foi negociado com o arquirrival, Vitória, e o volante Filipe entrou para a história do clube ao ser vendido a um grupo português, em junho, por cerca de R$ 5,6 milhões — a maior negociação da história do Bahia. Pelo acordo, metade do montante ficou com o Esquadrão.

No entanto, nem todos os jovens apontados como promessas daquele time de 2011 deram certo. Entre eles estão o zagueiro Everton Beton, que era o capitão do time e o meia Brendon que caíram de produção, além dos meias Igor, que não teve o contrato renovado, e Fernando, negociado com o Macaé

Newton afirma que há a expectativa de que mais jogadores da base subam para o elenco principal, mas defende que preciso ser estratégico na hora de revelar um jogador. “O Bahia não está no equilíbrio do futebol. Quando o clube em essas oscilações, não é interessante”, conta o dirigente, explicando que o melhor momento para lançar o jogador é quando o time está ganhando.

Flamengo é exemplo de como não fazer.

O diretor ainda cita o exemplo do Flamengo, que venceu o Bahia na Copa São Paulo de 2011 e incluiu quatro titulares da final daquela partida entre os relacionados do elenco principal este ano — Frauches Muralha, Negueba e Adryan. “Veja o Flamengo agora. Colocou os atletas da base, tava tudo às mil maravilhas, mas tem alguns jogos que não ganha, e a torcida já está pegando no pé”, pontua.

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