Deu xabu… Bahia 1×1 Atlético-GO

Domingo de sol em Salvador. Depois de quase 10 horas fazendominha mudança para o novo ap, Pituaçu me esperava para mais uma festa. OTricolor enfrentaria um das equipes mais fracas do campeonato, com os “excelentes desfalques” de Mancini, Ávine e Hélder, as estreias de Cláudio Pitbull e o tão esperado Jefferson. Além de tudo isso, a última partida da primeira fase da Série A do Campeonato Brasileiro de 2012, tinha tudo para representar a arrancada do Tricolor no certame.

Começou o jogo e vimos algumas boas mudanças no time. Pela primeira vez no Brasileirão, tínhamos em campo 2 laterais de ofício, sem improvisos. E eles fizeram aquilo que esperávamos. As duas laterais apoiaram o ataque, marcaram os laterais adversários, iam e voltavam… Que saudade de ver isso. Outra coisa boa foi a boa cobrança de faltas. A bola parada Tricolor voltou a ser perigosa. Que falta Mancini não fez.

Pressionando, marcando no campo adversário, tocando rápido (e certo) a bola, chegávamos fácil na frente e o gol não demorou. Festa em Pituaçu. A Bamor, que curiosamente deixou seu lugar de origem pra ficar atrás do banco de reservas, fez a festados quase 11000 torcedores presentes ao estádio. Grande público se pensarmos na campanha do time, na fragilidade do adversário e no horário de corno, imposto pela TV para o jogo. Domingo a noite, 18:30h… Isso é horário de culto evangélico, não de jogo de futebol…

Mas com o fim da festa do gol, veio o fim do futebol do time. O dragão goianiense equilibrou a partida, Souza isolado no ataque não conseguia passar pelos seus dois marcadores e a bola não ficava na frente. Uma ou duas jogadas mais contundentes do Tricolor e o resto era ataque atleticano. Fim do primeiro tempo e, mesmo vencendo, o time saiu vaiado de campo. Merecido.

Segundo tempo e o Bahia pareceu mais focado no jogo. Porém agora era Souza que começava a errar tudo. Cabeçada fraca, chutes pra fora cara a cara com o goleiro, passes erradas, pivô mal feito… Nada dava certo. Eis que Caio Jr resolve fazer a maior merda da sua curta trajetória no Bahia. Tirou de uma só vez, dois dos mais lúcidos jogadores em campo. Jussandro e Caio César. Pensei: um contundido e o outro pelo evidente cansaço. Para minha indignação, só acertei no segundo caso. Mas era a estreia de Cláudio Pitbull e a entrada de Vitor Lemos, no improviso, na lateral esquerda. Só dava Atlético e Zé Roberto deu lugar a Jefferson.

Numa jogada com quatro vacilos absurdos, aconteceu o mais que previsto gol de empate. Gabriel erra um passe de 2 metros pra Souza, no contra ataque rápido Fabinho ainda consegue roubar a bola, mas tentou dar uma tabaca no atacante goiano e se lascou. Perdeu a bola e na correria a bola foi invertida pra direita da defesa. Neto, que vinha bem na partida, esperou quase 15 segundos a definição de uma jogada. Deixou espaço e tempo para toque e o cruzamento, num erro comum no Bahia esse ano. No cruzamento Danny Morais estava mal posicionado e surgiu o empate. Depois foi rezar pelo fim da partida, assim como fez a Torcida no início. Mas se reza -ou macumba- ganhasse jogo, Campeonato Baiano viveria empatado.

Diferente do que ouvi nas rádios, o empate deve sim ser comemorado. Não por ter saído de zona de rebaixamento, idiotice e imbecilidade falada por Fahel e pelo técnico interino. Mas porque merecíamos ter perdido a partida e o pontinho conquistado contra o ridículo time goianiense, acabou sendo um bom resultado.

Bora Baêa Minha Porra! Se serve de consolo, mesmo com acampanha ridícula da primeira fase, não seríamos rebaixados hoje. E agora comos novos reforços, não acredito que faremos uma campanha tão pífia como essa, na segunda etapa do Brasileirão. Mas foi triste ver Gabriel sem preparo físico, Souza perdendo as poucas bolas que achou, a cagada de Caio Jr ao tirar Jussandro porque ele tinha um cartão amarelo, a pixotada de Fabinho, o desaparecimento de Zér Roberto no segundo tempo, o atacante Pitbull jogando de meia pra ver Gabriel perdendo tudo no ataque, e o pior de tudo, assistir o passeio de um time ridículo, sobre o Bahia.

PS. Se todo mundo sabe que Márcio sai do gol pra bater falta, porque não teve nenhuma jogada ensaiada para puxar um contra rápido, caso ele errasse, como errou, a cobrança? Será que ninguém pensou nisso, além da torcida?

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